Congresso

Câmara debate projeto que altera critérios para cálculo dos royalties

PL 50/2204, do deputado Hugo Leal (PSD/RJ), defende que preço de transferência seja levado em consideração

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Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara debate projeto (PL 50/2024) que altera critérios para cálculo dos royalties e participações especiais. Na imagem: Hugo Leal participa de audiência pública da CME na Câmara, em 23/4/2024, sobre a importância do biometano no transporte (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
Hugo Leal participa de audiência pública da CME na Câmara (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

BRASÍLIA — A Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados realiza, nesta terça-feira (28/5), às 9h, audiência pública para discutir o PL 50/2024, do deputado Hugo Leal (PSD/RJ).

O projeto estabelece que os critérios para o cálculo do valor dos royalties, atualmente definidos pelo preço de referência do petróleo, deverão levar em consideração os preços de mercado e as regras de preço de transferência – adotado em operações financeiras internacionais. Na CME, o texto aguarda parecer do relator, deputado Gabriel Nunes (PSD/BA).

O PL do deputado e secretário de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro conta com o apoio de estados e municípios que recebem royalties e de refinarias privadas, que têm interesse na pauta no contexto do desestímulo à exportação. O Ministério da Fazenda também tem cobrado celeridade na revisão do cálculo dos preços de referência.

Na ANP, a revisão vem sendo discutida desde 2022. A agência já realizou duas consultas públicas, e a proposta mais recente estabelece um período de transição de 12 meses. O caso está com a diretora Symone Araújo.

Hugo Leal avalia que as regras atuais da ANP “têm permitido a apuração de royalties e participações especiais em valores destoantes dos praticados pelo mercado e substancialmente inferiores aos preços de venda praticados pelas concessionárias de óleo e gás”.

Confirmaram presença no debate representantes da Petrobras; do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP); do Ministério de Minas e Energia (MME); do governo do estado do Rio de Janeiro; da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); do Ministério da Fazenda; e da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip).