Ponto final é a coluna da E&P Brasil publicada de segunda-feira a sexta-feira que resume os principais acontecimentos da política energética
— Oferta permanente
A ANP disponibilizou para oferta permanente, a partir da divulgação nesta sexta-feira (20/7) do edital e a minuta do contrato, 148 blocos exploratórios em oito bacias sedimentares, sendo 89 áreas em terra e outras 59 no mar. São 64 blocos em nova fronteira exploratória, 36 em áreas de elevado potencial e 48 maduras. Veja o nosso mapa: http://bit.ly/2uROhZU
Convergência
O Ibovespa encerrou a semana com alta de 2,6%, subindo nesta sexta 1,4%, atribuído ao noticiário político: o mercado se animou com os sinais de que o “centrão” fecha com Alckmin, garantindo ao candidato tucano a maior parcela do tempo de televisão e mais chances de tornar-se um candidato viável.
No mesmo movimento, tal coligação com Alckmin isola Ciro Gomes das alianças e o entendimento é que o candidato do PDT perdeu essa disputa. Ciro é atualmente é um candidato bem posicionado nas pesquisas de intenção – disputa o segundo lugar com Marina em cenários sem Lula – com discurso contrário às reformas protagonizadas pelo governo Temer – muitas delas de interesse dos setores de petróleo e energia.
Esta semana termina com Ciro Gomes sendo apresentado oficialmente na convenção do PDT como o candidato à presidência, mas sem vice. A convenção do PSDB de Geraldo Alckmin está marcada para o dia 4 de agosto, em Brasília, quando é esperada a confirmação de Josué Alencar, do PR de Minas Gerais, para compor a chapa tucana. E no próximo domingo (22/7), o PSL vai confirmar o nome de Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Nesta sexta, ganhou força a especulação de que Janaína Pascoal seja anunciada vice de Bolsonaro.
Líder nas pesquisas, Bolsonaro até tentou se aproximar do centrão. A perda mais recente foi o general reformado Augusto Heleno, do PRB, partido que entendeu que não tem o que ganhar se alinhando com o PSL, o que significaria o isolamento das coligações mais expressivas. Foi a semana do centrão.
Alencar
Filho de José Alencar, ex-vice presidente de Lula, morto em 2011, Josué tem sido apresentado como empresário, atua na Coteminas, herança do pai, e teve passagem por associações de indústria, como Abit, do setor têxtil e de confecção. Em 2014, foi candidato ao Senado pelo então PMDB (hoje MDB) de Minas Gerais, ficando em segundo com 40% dos votos válidos, perdendo para Antonio Anastasia (PSDB). Na época, fez campanha ao lado de Dilma e, atualmente, no PR já foi cotado como candidato por diversas siglas, apontado como o perfil ideal de vice. “Ele é a noiva mais disputada da eleição presidencial deste ano”, disse à Folha, em abril, o líder do PR na Câmara, José Rocha: http://bit.ly/2JGrZzA
DEM em São Paulo
Indiretamente, Geraldo Alckmin já celebra a aliança. Esteve presente hoje no anúncio de Rodrigo Garcia, deputado federal e líder do DEM de São Paulo, como vice de Dória, candidato a sucessão tucana no governo paulista. Alckmin foi recebido no evento como “futuro presidente”.
Paulinho da Força
Enquanto DEM, PP, PR e PRB parecem alinhados com a campanha tucanas, o Solidariedade (SD) ameaça pula do barco. É que o partido de Paulinho da Força não está feliz com a posição de Alckmin em relação ao financiamento dos sindicatos. O tucano afirmou que não vai revogar os principais pontos da reforma trabalhista, que “não há plano de trazer de volta a contribuição sindical”: https://glo.bo/2uDGGPo
Mudança de tom?
Na convenção do PDT, Ciro Gomes afirmou que “não cabe aventura, nem ruptura, nem desrespeito aos contratos”. Em seu discurso, em que afirmou que colocar a criação de “milhões de postos de trabalho como sua primeira e mais urgente tarefa”, Ciro não falou de pré-sal ou voltou a repetir que vai rescindir contratos “com as devidas indenizações” como tem feito em diversas oportunidades. Ciro segue na busca pelo PSB e outros partidos de esquerda: http://bit.ly/2uRuppQ
E a Marina?
Em viagem por Florianópolis, Marina Silva conversou com a CBN. Afirmou que não tem vice, mas tem o perfil: “identidade com o programa, combate à corrupção, o que de fato importa que é o uso correto [dos recursos públicos]”. Quanto às coligações, a candidata da Rede minimizou a falta a de apoio partidário para a corrida presidencial. “Nossas alianças não serão de conveniência, serão de coerência programática”. E atacou a convergência do centrão: “não acreditamos que aqueles que criaram o problema vão resolver o problemas”. De acordo com Marina, há espaço para construção de palanques nos estados. “Estamos dialogando com alguns partidos, não só nacional, mas pensando nos estados. Nossa maior aliança vai ser com a sociedade brasileira”:
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