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Semana começa com expectativa de avanço do PL do devedor contumaz

Cerco aos crimes nos combustíveis avança no Congresso e na agência reguladora

Plenário da Câmara durante sessão para discussão e votação de propostas, em 27 de maio de 2025 (Foto Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Plenário da Câmara durante sessão para discussão e votação de propostas, em 27 de maio de 2025 (Foto Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

NESTA EDIÇÃO. PL do devedor contumaz pode voltar a avançar na Câmara, após apresentação do relatório. 
 
Governo propõe orçamento menor para o Luz para Todos
 
Maersk testa combustível de navio com 50% de etanol.


EDIÇÃO APRESENTADA POR:

Depois da apresentação do relatório do projeto de lei que tipifica o devedor contumaz (PL 125/2022) pelo deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL/SP) na sexta (5/12), a expectativa é de que, enfim, o projeto avance na Câmara dos Deputados ainda esta semana. 

  • O relator manteve o texto aprovado no Senado em setembro. Veja o relatório na íntegra.
  • O governo defende que a redação seja mantida desta forma para que a proposta seja enviada à sanção o mais rápido possível.
  • O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT/CE) vai pedir ao presidente da casa, Hugo Motta (Republicanos/PB), que paute a matéria para a sessão de terça-feira (9) (Valor Econômico).

O tema ganhou tração nos últimos meses depois de uma série de ações de governos estaduais e federais contra crimes no mercado de combustíveis, entre eles, a atuação dos devedores contumazes, com a sonegação reiterada de impostos. 

A retomada das discussões ocorreu no final de novembro, após a operação Poço de Lobato, conduzida pelo governo de São Paulo, Ministério Público de São Paulo e Receita Federal. A ação contra fraude fiscal estruturada e lavagem de dinheiro teve como alvo a Refit

  • O grupo de Ricardo Magro também é o alvo central de operações da Receita Federal e Polícia Civil por fraudes bilionárias

Em paralelo, a diretoria da ANP se reúne nesta segunda-feira (8/12) com o caso da Refit na pauta. 



Petróleo sobe. O preço do barril subiu na sexta (5/12), enquanto permanece o impasse nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Também seguem no radar as tensões entre EUA e Venezuela.

  • O Brent subiu 0,77%, a US$ 63,75 o barril. Na semana, a alta foi de 2,2%. 

Exportações russas. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que Moscou está pronta para manter embarques ininterruptos de petróleo para a Índia a despeito das sanções impostas pelo governo americano.

  • A visita de Putin à Índia ocorreu à luz de pressões dos Estados Unidos para que o país revise sua parceria de décadas com Moscou e pare de comprar petróleo russo. 

Opinião: Sendo bem aplicadas e utilizadas, as políticas de conteúdo local podem ser grandes aliadas do aumento da atividade nacional na indústria brasileira de E&P, sobretudo se alinhadas a uma política fiscal eficiente e a mecanismos de acesso ao crédito para este setor, escrevem Guilherme Schmidt, Theo de Miranda e Bernardo Abreu, do Campos Mello Advogados.

Como ficou o leilão de gás da União. Com a tentativa frustrada do MME de regular as tarifas de escoamento e processamento, planos para o leilão estruturante de gás da União esfriam. Entretanto, a PPSA retoma negociações com Petrobras para entregar leilão mais modesto, de oferta de gás de curto prazo e volumes menores. Leia na gas week

Luz para Todos. O Ministério de Minas e Energia abriu a consulta pública sobre o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) do Luz para Todos, programa que leva energia elétrica a áreas rurais e regiões remotas. O governo propôs a destinação de R$ 2,6 bilhões em 2026, redução de cerca de 33% com relação a 2025.

  • A pasta disse que a redução ocorreu porque o programa está na fase de execução continuada e conclusão de contratos já firmados. 

Justiça climática. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou uma resolução que estabelece princípios e diretrizes para a incorporação da justiça climática e do combate ao racismo ambiental nas políticas públicas.

A transição explicada.Os mecanismos tradicionais de avaliação de risco financeiro atualmente utilizados tendem a penalizar investimentos verdes, em particular nos países emergentes, escreve Rosana Santos, diretora-executiva do Instituto E+ Transição Energética.

Etanol a bordo. A Maersk iniciou a segunda fase de um projeto-piloto que avalia o uso de etanol em motores bicombustíveis a metanol, como parte da estratégia para ampliar as alternativas de descarbonização no transporte marítimo. 

  • A empresa agora avança para uma nova etapa com uma combinação 50% de etanol e 50% de metanol no navio Laura Mærsk.

Hidrogênio em foco. A transição energética europeia, antes dogmática em eólica, solar e hidrogênio renovável, está dando lugar à urgência de colocar moléculas no mercado, ainda que elas não sejam tão verdes quanto o imaginado. Leia na coluna de Gabriel Chiappini.
 
Próxima fronteira da transição. O Brasil tem o potencial de economizar, por ano, uma Itaipu, além de 12 mil quilômetros de linhas de transmissão, com a automação para eficiência energética de edifícios, estima um estudo publicado esta semana pela GHM Solutions em parceria com o Instituto de Energia e Ambiente da USP. Veja mais detalhes na newsletter diálogos da transição
 
Opinião: Qualquer tempo que ganhamos, qualquer impacto que adiamos, qualquer recurso natural que podemos postergar o uso, estamos ganhando sustentabilidade, escreve Carlos Augusto Arentz Pereira, professor adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e Meio Ambiente da Faculdade de Engenharia da UERJ.

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