Biocombustíveis

Próxima reunião do CNPE vai debater aumento das misturas de biodiesel e etanol

Elevação dos volumes atrasou em razão da inflação dos alimentos e dos combustíveis

Alexandre Silveira fala durante a abertura da safra mineira de cana-de-açúcar, em 26 de abril de 2024 (Foto Ricardo Botelho/MME)
Alexandre Silveira (PSD) fala durante a abertura da safra mineira de cana-de-açúcar, em 26 de abril de 2024 (Foto Ricardo Botelho/MME)

RIO e BRASÍLIA — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), convocou a próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) com apenas dois itens na pauta: as misturas obrigatórias de biodiesel no diesel e de etanol anidro na gasolina. 

A pasta espera definir o aumento dos volumes no encontro de 25 de junho.

A convocação do CNPE foi antecipada pelo eixos pro na sexta (13/6) e confirmada pelo ministro em evento na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) nesta segunda-feira  (16/6).

Em maio, associações da indústria de biodiesel e óleos vegetais pediram ao governo a retomada do cronograma de aumento da mistura ao diesel fóssil. O apelo da Ubrabio, Aprobio e Abiove ocorreu durante reunião com Silveira para tratar de ações de combate às fraudes no setor de biocombustíveis.

A elevação do anidro na gasolina para 30% (E30) atrasou em razão da inflação dos alimentos e dos combustíveis — mesmo motivo que levou ao congelamento da mistura de biodiesel em 14%.

A expectativa dos produtores de biocombustíveis no início de 2025 era manter o cronograma do B15 (15% de biodiesel), com entrada em 1° de março. 

Distribuidoras de combustível e produtores de etanol também contavam com uma definição para o E30 ainda no primeiro semestre, antes da safrinha de milho — crescente fonte de produção do combustível no Brasil.

A promessa do ministro é que o E30 vai entrar em vigor ainda este ano, ainda que em dezembro.

A expectativa do governo é que o aumento da mistura ajude o país a reduzir a importação de gasolina. 

“Na prática, nós vamos praticamente deixar de ser importador de combustível, de gasolina especificamente, e, com isso, facilitar com que a gente inicie um novo debate na relação com a Petrobras”, disse Silveira na Fiesp. 

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