O braço americano da BP anunciou nesta segunda (11) que irá suspender para reavaliação por seis meses as contribuições do PAC (political action committee, em inglês) de seus funcionários, uma espécie de organização que articula doações para financiamento de campanhas políticas.
Em anúncio nas redes sociais, a petroleira deixou claro que irá reavaliar o critério de escolha atual sobre quais candidaturas pretendem apoiar futuramente.
A ExxonMobil afirmou à Popular Information que está revisando sua política de financiamento de políticos. A publicação buscou 144 empresas e diversas responderam que vão mudar ou revisar regras para doações.
As decisões são tomadas na esteira de ações semelhantes de outras grandes empresas nos Estados Unidos, após o atentado no Capitólio americano, em Washington, na última quarta (6).
A Blackrock, gestora de fundos com participação em empresas no setor elétrico como Copel, Energisa e EDP, também aderiu a cautela após os protestos, com a suspensão de doações financeiras de seu PAC e revisão da estratégia para atividades política a partir de 2021.
Na semana passada, o CEO da empresa, Larry Fink, reprovou os atos violentos na capital americana e disse que “a transferência pacífica de poder é a base de nossa democracia”.
The bp employee political action committee will pause all contributions for six months. During this time the PAC will reevaluate its criteria for candidate support.
— bp America (@bp_America) January 11, 2021
Empresas se afastam de republicanos
Assim como ele, uma série de executivos condenaram o que consideraram esforços ilegais para derrubar uma eleição democrática, inclusive .
Companhias como a AT&T, American Express, Blue Cross Blue Shield Association, Airbnb, Dow Chemical e Marriot International suspenderam suas contribuições para membros do Congresso dos EUA, que votaram na semana passada contra a confirmação da eleição de Joe Biden e Kamala Harris, pelo partido Democrata.
O banco Citigroup disse que pausará todas as contribuições no primeiro trimestre deste ano e, após isso, “não irá apoiar candidatos que não respeitem a lei”.
Gigantes de tecnologia, como Facebook, Microsoft e Google, também congelaram suas doações à políticos.
As ações fazem parte de uma tentativa do setor privado em se distanciar dos protestos violentos de apoiadores de Donald Trump, que resultaram na invasão do Capitólio e na morte de cinco pessoas, incluindo um policial legislativo.
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