Os candidatos Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) vão disputar o segundo turno das eleições para governador no Rio de Janeiro no dia 28 de outubro. Com 99,36% das urnas apuradas, Wilson contabilizou 41,26% dos votos válidos e Paes, 19,56%. Entre as medidas propostas pelo candidato do PSC estão incorporar a Agenersa em secretaria, exploração mineral e de energia solar e eólica no estado do Rio, Comperj e infraestrutura logística para o Porto do Açu. Witzel, que é ex-juiz federal, defendeu, ao longo da campanha, que o desenvolvimento econômico no estado seja feito por meio de parceria com a iniciativa privada e concessões de longo prazo. Witzel é considerado uma surpresa na eleição, pois vinha em 6º lugar nas pesquisas, mas após o debate na televisão no início da semana, começou a subir nas pesquisas. Na última pesquisa do Instituto Datafolha, publicada sábado (6), ele já aparecia em, 2º lugar, empatado com Romário (Podemos), e em 3º na pesquisa do Ibope. Ele centrou a campanha no combate à corrupção e à criminalidade. O projeto mais objetivo para a área de energia é incorporar a Agenersa em secretaria; a agência que regula o setor de gás no estado seria um órgão da administração direta. Entre suas atribuições, a Agenersa aprova planos de investimento e reajustes de tarifas de gás da Ceg e Ceg Rio, as distribuidoras de gás que atuam no mercado fluminense – o segundo maior do país, atrás apenas de São Paulo. Entre as propostas e materiais de campanha, Witzel divide-se entre atuações difusas – como apoiar a “retomada das obras do Comperj” – e projetos de infraestrutura como a construção de um arco rodoviário no Norte Fluminense. Cita, inclusive, o escoamento de carga pelo Porto do Açu. Quanto ao Comperj, o candidato do DEM, Eduardo Paes, também inclui o projeto da Petrobras em suas propostas. As campanhas são na linha de negociar com a petroleira para retomar as obras. Além do Comperj, o programa de governo de Witzel fala em “apoio” à criação de polos petroquímicos e à atividade de exploração e produção de energia. Diz que vai apoiar a construção da ferrovia Transoceânica, que também desemboca no Porto do Açu. Fala também em temas que não são vocações clássicas do estado, como desenvolvimento de mineração e geração de energia solar e eólica. Candidato do PSC, Wilson Witzel disparou nas pesquisas, com 39% de votos válidos na boca de urna divulgado pelo Ibope. O ex-prefeito carioca, Eduardo Paes (DEM) aparece me segundo, com 21% e o vereador Tarcísio Mota (Psol), com 15%. A pesquisa ouviu 2.600 eleitores neste domingo. Até a reta final, Witzel era um candidato nanico, até se aproximar de Jair Bolsonaro (PSL) e a Justiça Eleitoral barrar a candidatura de Garotinho, quando Witzel se destaca nas pesquisas. O cenário para o Rio indicou uma disputa entre Paes, Romário (Podemos) e Garotinho (PRP) ao longo da campanha e uma mudança para um empate em segundo entre Romário e Witzel às vésperas da eleição.
Propostas em destaque de Wilson Witzel
- Incorporação da AGENERSA à Secretaria como órgão da administração direta;
- Apoio à Ferrovia Transoceânica, desembocando no Porto do Açu;
- Implantar o Arco Rodoviário do Norte Fluminense com o objetivo de melhorar o tráfego da região e facilitar o acesso ao porto do Açu;
- Apoio à expansão da atividade petroleira nos campos do Estado;
- Apoio à criação de outros polos petroquímicos;
- Garantia de investimento em energia renovável, inclusive eólica e solar, com apoio a projetos de geração individual de energia;
- Desburocratização na exploração mineral e investimento de logística de escoamento;
- A criação de um fundo para revitalizar a Baía da Guanabara – com, no mínimo, 3% dos recursos oriundos dos royalties do petróleo, além de outras fontes;
- Reduzir sensivelmente a dependência do Rio de Janeiro dos royalties do petróleo, que são recursos voláteis e cujo impacto está ligado a fatores externos ao Rio de Janeiro, tais como o câmbio e o preço internacional do produto;