Santa Catarina isenta ICMS para mini e microgeração de energia renovável

Estado tem 5,7 mil unidades geradoras no modelo de geração distribuída, com mais de 66 MW de potência instalada

Setor de painéis fotovoltaicos discute taxação da energia solar, a "taxação do sol". Na imagem: Usina solar instalada na cobertura de um prédio (sede do MME) do governo federal (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Usina solar instalada na cobertura de um prédio (sede do MME) do governo federal (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Em uma medida para incentivar a geração distribuída de pequeno porte, o governo do estado de Santa Catarina definiu a isenção de cobrança de ICMS para microgeradores e minigeradores de energia renovável. A medida vale para instalações com capacidade de até 1 MW de potência.

O decreto 233/2019 abrange projetos de geração solar, hídrica, eólica e biomassa enriquecida com gás natural e define a isenção por 48 meses após a ligação do equipamento de geração na rede de distribuição. Antes do decreto, os geradores deste porte pagavam até 25% de ICMS no estado.

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A medida é uma estratégia promovida a partir da adesão do estado ao convênio ICME 15/2016, do Conselho Nacional de Política Fazendária, o Confaz. Santa Catarina foi um dos últimos estados a definir a adesão ao convênio, ao lado do Paraná e Amazonas. 

O estado tem hoje 5.706 unidades geradoras no modelo de geração distribuída, o que representa mais de 66MW de potência instalada. O número coloca o estado como o quinto melhor ranqueado entre os estados com maior potência instalada de geração distribuída, atrás de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso.

Ao todo o Brasil tem mais de 103.919 mil unidades geradoras nesse modelo, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) divulgados pelo governo estadual.

A expectativa do governo é que a adesão do estado incentive investimentos privados no setor e também de alívio  da demanda de carga das concessionárias, permitindo a postergação de investimento delas em transmissão e distribuição.

“Estamos atendendo a um pedido antigo do setor produtivo e que fortalece a diversificação do uso de energias, gerar emprego e renda e desenvolvimento para  Santa Catarina”, diz o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) do estado, Lucas Esmeraldino. Sua pasta é responsável pela implementação das ações acerca do decreto.

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