Ponto final: PT define apoio ao DEM no Senado e Lira promete reforma tributária

Ponto final: PT define apoio ao DEM no Senado e Lira promete reforma tributária

O PT confirmou nesta segunda (11) que apoiará a candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM/MG) à presidência do Senado. Com o novo apoio, o Pacheco, candidato apadrinhado pelo atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM/AP), tem agora potenciais 27 votos na disputa e permanece como favorito. A votação é secreta.

Contra Pacheco, o MDB, maior bancada da Casa, com 13 senadores, tenta um acordo interno para viabilizar uma candidatura única. O partido hoje tem quatro pré-candidatos: Eduardo Braga (MDB/AM), Eduardo Gomes (MDB/TO), Simone Tebet (MDB/MS) e Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE).

Como condicionantes ao apoio, o PT pediu a Pacheco a presidência das comissões de Direitos Humanos (CDH) e de Meio Ambiente (CMA). Está sendo discutido na CMA o projeto de lei 304/2017, que proíbe a circulação de veículos a e a diesel no país a partir de 2040 e também impede a venda desses veículos a partir de 2030.

O líder do PT, Rogério Carvalho (PT/SE), elencou uma série de pautas prioritárias para a próxima legislatura, como direitos humanos e legislação ambiental, e frisou que a aliança “se dá exclusivamente em torno da eleição da Mesa Diretora do Senado Federal” e não se aplica às eleições presidenciais.

O partido cobra independência do candidato ao governo de Jair Bolsonaro. Em nota, o partido afirmou que seguirá lutando pelo impeachment do presidente.

O Senado tem, no retorno das suas atividades, prevista para fevereiro, a votação em Plenário da indicação de Tabita Loureiro para a diretoria da ANP. O nome da funcionária de carreira da ANP foi aprovado na Comissão de Serviços de Infraestrutura em dezembro.

Na Câmara, PT quer compromisso de Rossi em pedidos de impeachment

Neste domingo, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT/PR), afirmou pelo Twitter que o acordo da legenda para apoiar a candidatura de Baleia Rossi (MDB/SP) na Câmara passa pelo compromisso do candidato de analisar os pedidos de impeachment contra Bolsonaro, que ficaram parados nos dois anos em que a Câmara esteve sob o comando de Rodrigo Maia (DEM/RJ).

A postagem foi uma resposta à entrevista dada por Rossi no mesmo dia em que o candidato afirmou que um processo de afastamento do presidente “não é bom para o país”. Mas após a crítica de Hoffmann, Rossi afirmou hoje que vai honrar os compromissos firmados com a oposição.

O PT tem 52 deputados, a maior bancada da Câmara, e ainda exerce forte influência entre os outros partidos da oposição. Tem se colocado contra as principais pautas do governo na área de energia e votou contra a Lei do Gás e tem trabalhado contra a privatização da Eletrobras

Lira promete definição sobre reforma tributária no primeiro semestre

Candidato da base governista á presidência da Câmara, Arthur Lira (PP/AL) prometeu definir os rumos da reforma tributária ainda no primeiro semestre, caso seja eleito.

Em coletiva a jornalistas, Lira definiu as prioridades da sua pauta econômica e colocou a votação da PEC Emergencial, do orçamento de 2021 e da reforma administrativa como prioridades. Segundo ele, a reforma tributária, demandará mais tempo para caminhar por ser “muito mais complexa”.

O deputado evitou se comprometer com a votação da prorrogação do auxílio emergencial antes de aprovar o orçamento. É uma crítica a Rossi, que promete debater a extensão do auxílio  enquanto durar a pandemia, o que não agrada a equipe econômica do governo.

Candidato nega vínculo, mas Bolsonaro pede votos em Lira

Questionado por jornalistas, Lira voltou a negar que seja o candidato do governo.

“Não tenho dono, não tenho chefe, não tenho tutor, não tenho patrocinador”, disse.

Pouco depois, em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro cobrou que deputados da bancada ruralista apoiem Lira na disputa.

O presidente afirmou que o campo nunca teve um tratamento justo e honesto como tem no seu governo e disse não entender o apoio de deputados ao nome de Rossi.

“O mínimo que eu peço para os parlamentares do campo é que vote no nosso candidato para a Mesa, para a gente não deixar mais caducar medidas provisórias”, pediu. O presidente ainda defendeu sua agenda ambiental como positiva para o agronegócio e afirmou que se tivesse uma “agenda ambiental xiita” o setor estaria no fundo do poço.