Ponto final: MDB escolhe Simone Tebet na disputa à presidência do Senado

Os principais acontecimentos políticos do dia e seus impactos no setor de energia

Senado deve alterar a MP da privatização da Eletrobras em votação nesta quarta (16)
Eduardo Gomes (MDB/TO), Simone Tebet (MDB/MS) e Eduardo Braga (MDB-AM) durante votação no Senado Federal, em 2020. Foto por Marcos Oliveira, da Agência Senado

O MDB anunciou nesta terça-feira (12) Simone Tebet (MS) como candidata do partido à presidência do Senado na disputa contra Rodrigo Pacheco (DEM/MG). Tebet é considerada um nome de centro e independente dentro do MDB, pode agradar a senadores da base e da oposição enquanto os votos ainda estão em disputa.

O partido anunciou também a filiação de mais dois senadores: Veneziano Vital do Rego (vindo doPSB/PB) e Rose de Freitas (ex-Podemos/ES), elevando a bancada do partido a 15 integrantes.

Tebet trabalha para conquistar o apoio oficial do PSDB e do Podemos.

Se conseguir, sua chapa terá 32 votos, o mesmo número de apoiadores do candidato governista, Rodrigo Pacheco (DEM/MG). A aliança de Pacheco  conta com PSD, Pros, Republicanos, PSC e PT, além do PL, que anunciou apoio hoje.

Crítica da volatilidade nos preços dos combustíveis sob Temer

Senadora de primeiro mandato, Tebet  foi escolhida em 2018 relatora na CCJ do projeto que previa a venda de distribuidoras da Eletrobras (PLC 77/2018). Ela devolveu a relatoria no dia seguinte.

No mesmo ano, foi uma das maiores críticas no Senado da política de preços de combustíveis da Petrobras adotada no governo de Michel Temer. No ano anterior, ela votou contra o fim da operação única da Petrobras no pré-sal.

É crítica da falta de solidez das propostas econômicas do ministro Paulo Guedes e dos discursos de cunho autoritário do presidente e seus filhos. No ano passado, criticou a proposta de reforma tributária de Guedes e afirmou que a sugestão de um novo tributo sobre transferências digitais não passaria no Congresso. “Passar batom na CPMF não vai transformá-la”, disse na época.

PSL promete punir deputados que furarem apoio a MDB

Na disputa pela presidência da Câmara, a executiva nacional do PSL tenta controlar a bancada de deputados e evitar o apoio ao governista Arthur Lira (PP/AL). O partido analisa a possibilidade de punir 20 dos 32 deputados que assinaram uma lista de apoio ao candidato.

O partido tem hoje 36 deputados e está rachado desde a saída do presidente Jair Bolsonaro da legenda, em 2019. A executiva nacional, comandada pelo deputado Luciano Bivar (PSL/PE), declara apoio a Baleia Rossi (MDB/SP), candidato da base do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ).

O PSL, mesmo tendo saído base do governo depois do racha com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), continua votando  junto com o governo nas pautas de energia na Câmara. Orientou pelo voto favorável pela Lei do Gás, onde a bancada votou unida a favor do projeto.

O partido relatou, com o deputado (PSL/RJ), o projeto BR do Mar, conjunto de propostas de incentivo à navegação de cabotagem. Na sessão tumultuada, um dos vice-líderes do governo na Casa, deputado Fausto Pinato (PP/SP), entregou o cargo depois de afirmar ter sido traído pelo governo em um acordo para incluir duas emendas de sua autoria no PL. As emendas previam medidas de proteção a caminhoneiros independentes e (emenda 23) a possibilidade de afretamento a casco nu sem lastro em embarcação própria (emenda 35).

Câmara decide na segunda votação à presidência

A mesa diretora da Câmara dos Deputados definirá na próxima segunda a data e formato para a eleição do novo presidente da Casa. Rodrigo Maia (DEM/RJ), atual presidente, defende que deputados do grupo de risco de contaminação por Covid-19 possam votar remotamente.

A proposta é criticada por Arthur Lira (PP/AL), que aposta no contato pessoal no dia da votação para conquistar mais votos. Hoje, Lira está atrás de Baleia Rossi (MDB/SP) se forem consideradas apenas as declarações oficiais de apoio feitas pelos líderes das bancadas partidárias.

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