Discurso do Presidente Michel Temer. Foto: Beto Barata/PR
O governo Michel Temer pretende deixar para seu sucessor os leilões de petróleo de 2019 aprovados pelo Conselho Nacional de Política Energética, presidido pelo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. A ideia é que a 16a rodada e a 6a rodada de licitações do pré-sal sejam aprovadas na reunião ordinária do conselho agendada para 6 de dezembro.
Com a estratégia, a atual gestão do MME pretende ajudar a garantir que os leilões de 2019 saiam do papel mesmo depois da transição de governo. Os dois leilões estão previstos, de acordo com o calendário da ANP, para o segundo semestre de 2019.
16a rodada. A 16a rodada deve ofertar áreas exploratórias nas bacias de Campos, Santos, Sergipe-Alagoas, Ceará e Foz do Amazonas.
6a rodada do pré-sal. Leilão vai ofertar as áreas de Aram, Sudeste de Lula, Sul e Sudoeste de Júpiter e Bumerangue, todas na Bacia de Santos
Calendário. Os dois leilões fazem parte do calendário de concorrências até 2021 que já foi aprovado pelo CPNE e na Casa Civil publicação da resolução do presidente Temer. O planejamento prevê ainda a realização 17a rodada para 2020 e a 18a rodada, para 2020. É esperada a publicação na próxima semana, depois do retorno de Temer do encontro com os Brics na África do Sul.
Por que isso é importante? Com o futuro presidente definido, e esperando que a equipe do mesmo será consultada na aprovação das concorrências, a aprovação dos leilões de 2019 ainda no governo Temer pode garantir tranquilidade para a transição de governo na área de petróleo e gás. Isso tudo, é claro, vai depender da estratégia de quem for eleito.
É cedo, mas depois do acordo de Geraldo Alckmin (PSDB) com o centrão – PP, PR, DEM e Solidariedade – já se fala num possível retorno do deputado Fernando Coelho Filho (DEM/PE) para o comando do MME em uma possível gestão Alckmin. Faz sentido, mas tem ganhar a eleição antes.
Ministro técnico. Quem falou sobre composição de ministérios ontem foi Marina Silva. Em uma Live com eleitores no Facebook, disse que – caso seja eleita – o Ministério de Minas e Energia (MME), por exemplo, será composto por quadro técnico, mas que tenha capacidade de gerenciamento político. A Live pode ser vista aqui: https://goo.gl/CLbFm9