O estado do Rio de Janeiro passará em 2018 por uma mudança de comando que certamente terá impacto nas atividades de petróleo e gás. Independente do substituto de Luiz Fernando Pezão (PMDB), o novo governador ou governadora será eleito no ano em que a Bacia de Santos vai superar a Bacia de Campos em produção.
São Paulo, como já disse o atual governador e virtual candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin, vai ganhar importância e relevância nos próximos anos com a produção do pré-sal. Tende a dividir com o Rio de Janeiro o protagonismo da produção nos próximos anos.
O Espírito Santo precisa lutar para manter sua produção offshore, que hoje é declinante. Há descobertas para serem desenvolvidas e muita atividade exploratória para ser feita no mar capixaba.
Os estados produtores do Nordeste, como Sergipe, Alagoas e até mesmo no Espírito Santo, no Sudeste, podem ser beneficiados com a oferta de áreas permanentes, que deve ser iniciada em maio pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e vai colocar para venda mais de 800 campos terrestres.
No Amazonas, a chegada da Eneva no campo de Azulão, que deve levar ao estado o modelo de gas-to-wire, pode abrir uma nova possibilidade de monetização do gás terrestre na região.
Abaixo um panorama das eleições nos governos:
Rio de Janeiro
Maior estado produtor de petróleo e gás natural, o Rio de Janeiro vive um cenário de incertezas frente à eleição estadual de 2018. Principal pré-candidato na corrida, o ex-prefeito da cidade do Rio Eduardo Paes (PMDB) viu sua base política ser enfraquecida com a prisão dos principais caciques de seu partido no estado, o ex-governador Sérgio Cabral e o presidente estadual da sigla Jorge Picciani, por desdobramentos da operação Lava Jato.
É também a Lava Jato a grande responsável por manchar a imagem de bom gestor de Paes. O ex-prefeito está sendo envolvido em uma série de delações de empresários que citam pagamento de propina nas principais obras feitas pelo governo do PMDB para as Olimpíadas de 2016. Também seu antigo marqueteiro, Renato Pereira, envolveu o nome do ex-prefeito em esquemas de pagamento de caixa dois. Paes viu ainda seu braço direito, o deputado Pedro Paulo (PMDB), ser acusado de ser um operador em nome dele.
Sem força partidária e com a sombra das ameaças da Lava Jato, Paes não vem tratando abertamente da candidatura ao Palácio Guanabara, sede da administração estadual. Enquanto isso, outro grupo político se fortalece com a prefeitura da capital. Ex-candidato à prefeitura do Rio em 2016 e atual secretário do prefeito Marcelo Crivella (PRB), Índio da Costa (PSD) tem afirmado a lideranças políticas que será candidato com o apoio do prefeito e da máquina da prefeitura da capital.
Até o fim do ano passado, antes de ser preso, o ex-governador e ex-deputado Anthony Garotinho (PR) era outro pré-candidato. Hoje, aliados dizem que ele, se a Justiça permitir, deve concorrer à Câmara dos Deputados ao lado da filha, a deputada federal e atual secretária da prefeitura de Crivella, Clarissa Garotinho (PRB).
O atual prefeito de Niterói é um que corre por fora. Rodrigo Neves, que deixou o PT há alguns anos, teve uma passagem rápida pelo PV e agora está no PDT, cogita a candidatura ao governo estadual para colocar um nome pela ala de centro-esquerda e fortalecer a provável candidatura de Lula (PT) com um palanque no estado.
Sempre um nome forte na política fluminense, o senador Romário não confirmou ainda a intenção de ser candidato ao Palácio Guanabara, mas vem se movendo fazendo críticas fortes ao governo estadual de Luiz Fernando Pezão (PMDB) e ao prefeito Crivella, o que alimenta especulações.
No meio político há ainda rumores sobre uma eventual candidatura do PSDB, caso Eduardo Paes não opte por migrar ao partido. O nome mais provável entre os tucanos é o do deputado estadual Carlos Osório. Ele foi outro candidato frustrado à prefeitura da capital em 2016.
Espírito Santo
No segundo maior estado produtor, o Espírito Santo, o atual governador, Paulo Hartung (PMDB) sai na frente se tentar a reeleição. Hartung, no entanto, tem sido cotado por diversos grupos políticos para uma eventual candidatura a presidente. Hartung, que está em seu terceiro mandato como governador capixaba, já foi mencionado como potencial integrante de chapas presidenciais pelo DEM e até pelo apresentador Luciano Huck, no fim do ano passado.
Caso não concorra à reeleição, a vaga do PMDB deve ficar com a senadora Rose de Freitas. A correligionária do governador é uma figura de grande expressão política no estado e tem disso apontada pela imprensa local como pré-candidata ao governo. No campo da oposição, Renato Casagrande (PSB), ex-governador está interessado na disputa.
A imprensa também fala na potencial candidatura do prefeito do município de Serra, cidade mais populosa da Grande Vitória, Audifax Barcelos (Rede).
Quem também deve ser candidato é o senador Ricardo Ferraço (PSDB), que recentemente deixou o PMDB e se licenciou de seu mandado no Senado para viajar pelo estado.
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Maranhão
O governador Flávio Dino (PCdoB) tem o desafio de se manter novamente na dianteira ante o grupo político do ex-presidente José Sarney (PMDB). Sarney, que dominava a política estadual há anos, perdeu a eleição para Dino em 2014. A esperança do clã Sarney parece ser a filha do patriarca, Roseana.
Mas a ex-governadora por três mandatos ainda não decidiu se concorrerá ao Palácio dos Leões. Isso porque pesam contra ela a presença na lista da Odebrecht na Lava Jato, suspeitas pela Justiça Estadual de participar de esquema de desvio de verbas na secretaria de Fazenda do estado quando era governadora e mais uma lista extensa de acusações.
Correndo por fora, o senador Roberto Rocha (PSDB), que entrou para o ninho tucano no segundo semestre de 2017 para concorrer ao governo estadual.
Alagoas
Filho do ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, Renan Filho (PMDB) tentará continuar no governo por mais quatro anos. A grande questão na corrida pela vaga no comando do estado é saber se o atual prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSBD) entrará na disputa.
Outra questão que pode influenciar é o quanto Renan Calheiros, pai do governador, pode atrapalhar seu filho nas eleições, já que está envolvido nas investigações da Operação Lava Jato.
Sergipe
O atual governador Jackson Barreto (PMBB) deve tentar uma vaga no Senado Federal e abrir caminho para Belivaldo Chagas assumir o governo do estado e tentar a reeleição. Os senadores Antonio Carlos Valadares (PSB) e Eduardo Amorim (PSC) estão de olho na vaga no comando do estado, mas ainda não é possível estimar se concorrem ao cargo ou apoiam alguma candidatura.
Outro que está olhando para o governo de Sergipe é o deputado André Moura (PSC), que poderia deixar o partido e ir para o PMDB disputar a vaga no lugar de Belivaldo Chagas.
A professora Sonia Meire foi indicado pela PSOL como pré-candidata ao cargo. A Rede Sustentabilidade indicou Dr. Emerson como pré-candidato a governador para as eleições de 2018.
Bahia
O governador Rui Costa (PT) tentará a reeleição com o desafio de superar a popularidade do atual prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), que é provável candidato mas ainda não oficializou a decisão. “quem sabe é Deus”, disse o prefeito na última semana durante dando a largada à 245ª Lavagem do Bonfim, que também contou com a presença do atual governador.
Líderes políticos que integram a tropa de choque de Otto Alencar (PSD) consideram cada vez mais real a candidatura do senador ao governo do estado.
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São Paulo
A indefinição é a atual marca do cenário para a disputa do governo de São Paulo em 2018. A corrida pelo comando do estado está diretamente atrelada a eleição para presidente da República e, por conta disso, deve aguardar o xadrez nacional para ter seu jogo de peças montado.
A provável candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à presidência da República faz os tucanos procurarem um candidato. O senador José Serra – que já foi governador de SP – é um candidato natural. Está articulando uma chapa com o atual ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD). O atual prefeito de São Paulo, Jorge Dória, também é cotado. Doria, contudo, nega que será candidato.
O cientista politico Luiz Felipe d’Ávila também pretende disputar a vaga para concorrer ao governo do estado pelo PSDB. O genro do empresário Abilio Diniz, corre por fora, mas é pouco provável que tenha cacife para conseguir disputar a eleição.
Em pesquisa divulgada do mês pelo Datafolha, os dois – contudo – aparecem atrás de Celso Russumano (PRB), que no começo da corrida pela prefeitura de São Paulo há dois anos também liderou as pesquisas e acabou nem indo para o segundo turno.
O PT já anunciou que o ex-prefeito de São Bernardo dos Campos, Luiz Marinho, é o pré-candidato do partido ao comando do estado. Marinho aparece em quarto lugar na pesquisa do Datafolha do mês passado, ficando atrás também do presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB).
Amazonas
O ex-ministro de Minas e Energia e senador, Eduardo Braga (PMDB), que já foi governador do estado e se posicionou contra a privatização da Eletrobrás, deve ser candidato ao governo do Amazonas este ano. Braga perdeu recentemente a eleição suplementar no estado para Amazonino Mendes, que tentará a reeleição. Em agosto do ano passado, depois da cassação dos mandatos do ex-governador, José Melo, e do vice, Henrique Oliveira, por compra de votos nas eleições de 2014, o TSE determinou a eleição suplementar no estado.
Corre por fora o atual prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), que também tem se colocado – sem chances, diga-se de passagem – como candidato à presidência da República pelo partido .
Rio Grande do Norte
O governador Robinson Faria (PSD) tentará a reeleição ao governo do Rio Grande do Norte e terá a forte concorrência da senadora Fátima Bezerra, que já é indicada por pesquisas como favorita ao cargo. O prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), e Robério Paulino (PSOL) também devem estar na disputa.
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