O senador Alvaro Dias (PODEMOS/PR), possível candidato à presidência pelo Podemos, usou o Twitter para criticar a política de preços para derivados de petróleo da Petrobras. Sem citar a estatal ou o governo Michel Temer, o parlamentar afirmou que a população está sendo sacrificada com a altas constantes no preços da gasolina e do diesel.
“O ano vai acabar com mais um aumento na gasolina, e certamente 2018 começará com os combustíveis sendo reajustados em janeiro. Mais sacrifício para a população”, disse o parlamentar nesta sexta-feira (29/12).
O senador paranaense já havia divulgado há alguns dias um vídeo na mesma rede social questionando a política adotada pela Petrobras, também sem citar a empresa. Classificando como abusiva, Dias afirmou que a atual política é fruto do “rombo” e da “roubalheira” que foi aberta nas finanças públicas do país.
Alvaro Dias trocou o PSBD pelo PV no segundo semestre de 2015 almejando a disputa presidencial pela legenda. Depois de uma breve passagem pelo Partido Verde fechou com o senador Romário (PODEMOS/RJ) seu ingresso na refundação do PTN. O senador fluminense deixou o PSB, que era também o partido do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
O ano vai acabar com mais um aumento na gasolina, e certamente 2018 começará com os combustíveis sendo reajustados em janeiro. Mais sacrifício para a população. #ADComunicação https://t.co/jm4ScJKWDM pic.twitter.com/KIFfR9aNI3
— Alvaro Dias (@alvarodias_) 29 de dezembro de 2017
A politica de preços da Petrobras é uma das principais bandeiras do governo Temer e da gestão de Pedro Parente no comando da estatal. Logo que assumiu, Parente colocou os preços dos derivados em paridade com o mercado internacional e criou um Grupo Executivo de Mercado e Preços. Hoje, a área técnica de marketing e comercialização da estatal é competente para realizar ajustes nos preços, a qualquer momento, inclusive diariamente, desde que os reajustes acumulados por produto estejam, na média Brasil, dentro de uma faixa determinada (-7% a +7).
A atual política foi uma resposta a estratégia montada nos governo Dilma Rousseff e Lula, quando a Petrobras não repassava a volatilidade dos preços ao mercado interno. Calcula-se que a empresa perdeu mais de US$ 50 bilhões segurando artificialmente preços no país.