Transição energética

Comissão realiza seminário sobre racismo ambiental e transição energética justa

Seminário nesta quarta (28/5) discute como projetos de energia renovável podem reproduzir desigualdades ao afetar territórios indígenas e quilombolas sem consulta prévia

Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara promove o seminário "Racismo Ambiental e Transição Energética Justa", em 28 de maio de 2025 (Foto Renato Araújo/Câmara dos Deputados)
Comissão da Amazônia na Câmara promove o seminário "Racismo Ambiental e Transição Energética Justa" (Foto Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados promove, nesta quarta-feira (28/5), o seminário “Racismo Ambiental e Transição Energética Justa”.

O debate atende a pedido dos deputados Dandara (PT/MG) e Nilto Tatto (PT/SP), e busca aprofundar o tema sobre os impactos das mudanças climáticas e dos processos de transição energética em populações historicamente vulnerabilizadas, como comunidades indígenas, quilombolas, camponesas, ribeirinhas e periféricas.

O seminário, marcado para as 9 horas, acontece no auditório Freitas Nobre.

Veja a pauta completa e a lista de convidados

Na visão dos deputados, os eventos climáticos extremos decorrentes do aquecimento global e das mudanças climáticas vêm atingindo de maneira devastadora populações e territórios da cidade, do campo, das águas e das florestas, em todos os biomas e regiões brasileiras.

“Mesmo sendo global, os impactos produzidos pelas excessivas chuvas, deslizamentos, ondas extremas de calor e secas acompanham a estrutura social desigual — de classe, raça e gênero — atingindo de forma nefasta populações negras, periféricas, territórios tradicionais, indígenas, quilombolas e camponeses em todo o país”, observam.

Eles também argumentam que a transição energética, embora necessária para combater as mudanças climáticas, pode exacerbar o racismo ambiental, impactando desproporcionalmente comunidades negras e indígenas.

“A instalação de infraestruturas de energia renovável, como parques eólicos e solares, frequentemente ocorre em territórios dessas comunidades, sem consulta adequada e gerando impactos negativos em seus modos de vida”, afirmam os autores do pedido de audiência.

Da Redação — RS

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