ANP quer agilizar CCUS, que pode atrair R$ 2 bi por ano ao Brasil

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• Estudo da ANP recomenda regulação experimental para CCUS

• Lei do Gás completa três anos em crise existencial

• ANP atualiza normas para diesel com coprocessado e verde

• Chegou a hora do armazenamento com baterias?

 

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Relatório aprovado na última semana pela diretoria da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recomenda a adoção de um regulação experimental por projeto-piloto para a captura, armazenamento e utilização de carbono (CCUS).

A agência aguarda a aprovação do marco legal pelo Congresso, mas decidiu antecipar os estudos para agilizar a regulamentação da atividade. A expectativa da ANP é que leve dois anos para que seja concluída, uma vez que a legislação esteja em vigor.

Levantamento da ANP mostra que, nos últimos sete anos, as petroleiras aplicaram R$ 1,5 bilhão em projetos relacionados a CCUS, o equivalente a 8% do total de recursos investidos decorrentes da cláusula de PD&I entre 2017 e 2023. A agência destaca projetos de Petrobras, Petrogal, Shell, RepsolSinopec e CNOOC.

• A maior parte das pesquisas está ligada à recuperação avançada de petróleo com o uso de CO2 e a estudos sobre a corrosão das estruturas, “o que pode ser relacionado ao desenvolvimento dos campos do pré-sal e aos desafios impostos pela alta concentração desse gás nos reservatórios”.
• “Temos plena consciência de que o arcabouço legal ainda está em discussão no Congresso Nacional, ainda sujeito a amplas modificações – inclusive por novos projetos que eventualmente possam surgir”, disse o relator, diretor Daniel Maia. “Por isso este é um relatório em construção”, concluiu.

Veja o relatório completo.

A CCUS é uma das principais apostas do setor de óleo e gás para continuar com suas atividades mesmo em meio a um cenário de redução das emissões de carbono para limitar o aquecimento do planeta.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que a atividade deve atrair cerca de R$ 2 bilhões de investimento por ano até 2050 e defende que o CCUS tem que fazer parte da estratégia brasileira no planejamento energético.

• Entre as principais interessadas estão indústrias de energia, cimento, aço, e biocombustíveis, com concentração maior na região Sudeste (52%), seguida de Nordeste (19%), Centro-Oeste (15%), Sul (10%) e Norte (4%).

Representantes de Equinor, Eneva, Vale e FS Bionergia participaram de seminário sobre o tema promovido pela EPA na semana passada e afirmaram que aguardam a regulamentação da atividade de captura e armazenamento de carbono (CCS), bem como a precificação de emissões para viabilizar projetos neste sentido no Brasil.

• A vice-presidente da Equinor do Brasil, Claudia Brun, disse que um dos grandes desafios é a concorrência com os subsídios oferecidos por outros países.
• “O foco é na Europa, e nos Estados Unidos – por conta do Inflation Reduction Act (IRA), que trouxe uma série de oportunidades”, disse.

gas week. A Nova Lei do Gás (14.134/2021) completou apenas três anos este mês e já convive com sua primeira crise existencial. A percepção no setor, hoje, é de que a abertura estacionou e surge o risco de que todo o modelo desenhado seja desacreditado – e descontinuado. Entenda.

Santa Catarina inaugura mercado livre de gás. Blueshift e a SPE Beta Produtora de Energia – responsável pela construção da termelétrica Trombudo (28 MW) – assinaram com a SCGás o primeiro contrato no mercado livre de gás natural de Santa Catarina. Leia na epbr.

Petrobras vende campos hibernados de Cherne e Bagre. A estatal vai transferir os ativos na Bacia de Campos para a Perenco Brasil. A operação foi de US$ 10 milhões, com US$ 1 milhão pago inicialmente e o restante no fechamento da transação. A produção está interrompida desde março de 2020.

ANP atualiza normas para o diesel. A agência aprovou alterações na resolução 50/2013, incluindo a definição do diesel coprocessado, tratado como diesel A. Também foram aprovadas mudanças para introduzir o diesel C e verde. Destaques adicionais incluem a substituição do diesel S 500 pelo S10 e novos prazos para autuação em casos de não conformidade.

• As mudanças foram antecipadas pelo político epbr, serviço premium de informações sobre política energética da agência epbr (teste grátis por 7 dias).

Diálogos da Transição. Com custos em queda e incentivos políticos, o crescimento na indústria de baterias superou quase todas as outras tecnologias de energia limpa em 2023, aponta relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). O estudo mostra uma tendência: em menos de 15 anos, os preços caíram mais de 90%. Chegou a hora do armazenamento em baterias?

Anglo American rejeita proposta de compra da BHP. A mineradora britânica recusou a oferta de aquisição de US$ 39 bilhões da australiana, considerando-a subvalorizada e “oportunista”. A proposta inclui um prêmio de 31% sobre o valor de fechamento anterior, mas levanta preocupações antitruste e complexidades de execução.

Fraudes no teor de biodiesel em alta no Nordeste. Até 24% das amostras de diesel em Alagoas e 15,7% na Bahia não têm o percentual obrigatório de biocombustível, segundo dados da ANP compilados pela Broadcast. Fraudes aumentaram com crescimento da importação e novo teor obrigatório de biodiesel.

A epbr também leu:

• Por que Petrobras é petroleira que mais paga dividendos para acionistas no mundo? (BBC)

• G20 vira palco de disputa entre Brasil e Europa por biocombustíveis (Folha)

• Cosan: Auditores fazem ressalva sobre impossibilidade de analisar dados financeiros da subsidiária Moove (Valor)

• STF marca para 8 de maio retomada de julgamento sobre Lei das Estatais (Valor)

• Ucrânia ataca refinaria de petróleo russa e Moscou revida em centro de energia (InfoMoney)

• Lucro da ExxonMobil cai 28% e atinge US$ 8,22 bilhões no 1º trimestre (CNN Brasil)

• Musk faz visita ‘surpresa’ à China, vê premiê e gera especulação sobre carro autônomo (InfoMoney)

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