A candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência da República, Marina Silva, ampliou de 3,5 GW para 10 GW a capacidade de energia solar fotovoltaica que pretende instalar entre 2019 e 2022, caso seja eleita presidente da República. Marina lançou em Sergipe o programa Sol para Todos, que teve mantida, contudo, a previsão de instalação de 1,5 milhão de telhados solares fotovoltaicos de pequeno e médio porte até 2022.
O programa Sol para Todos, para atingir a meta proposta por Marina Silva, precisa instalar 2,5 GW por ano de energia solar fotovoltaica. Atualmente, o país conta com pouco 1,3 GW de capacidade de energia solar fotovoltaica em operação. Outros 817 MW, que representa 29 usinas, estão em construção. Além disso, de acordo com dados do Banco de Informações de Geração da Aneel, outras 47 usinas já possuem autorização para construção, o que representam novos 1,3 GW.
“Eu tenho dito que o Brasil se preocupa demais com o pré-sal, mas que o Nordeste é o nosso ‘pré-sol’: uma riqueza energética potencial ainda pouco explorada, mas que pode se reverter em benefícios para a população e para o planeta”, disse Marina.
O plano de Marina Silva prevê a mobilização de R$ 50 bilhões em investimentos da iniciativa privada de linha de crédito do BNDES e de bancos estatais e, em menor escala, também da parcela reembolsável do Fundo Clima, que é um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente com a finalidade de garantir recursos para apoio a projetos ou estudos e financiamento de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.
O Sol para Todos também pretende estimular a fabricação de placas solares no Brasil – hoje a China é o maior fabricante de painéis fotovoltaicos do mundo. A campanha de Marina Silva estima a criação de 2 milhões de novos empregos, entre diretos e indiretos, em energias renováveis ao ampliar a capacidade contratada para 10 GW até 2022 e fortalecer a geração eólica.