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Caio Mario Paes de Andrade, titular da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, subordinada ao Ministério da Economia, vem sendo cotado para substituir Joaquim Silva e Luna no comando da Petrobras. A ligação com a pasta de Paulo Guedes daria a ele um selo “pró-mercado”, diz o Valor.
— O trabalho de Paes de Andrade para levar o governo para a internet tem sido muito elogiado, por sua atuação à frente da digitalização dos serviços públicos na plataforma Gov.br, informa o Estadão. E também já foi presidente do Serpro.
— Ele não tem experiência no setor de óleo e gás: dirigiu provedores de internet (PSTNET, Web Force Wentures e HPG), imobiliária (Maber) e empreendimentos do agronegócio. Mas sua inexperiência facilitaria a ação de Rodolfo Landim, indicado pelo governo para presidir o Conselho de Administração da estatal, diz o Valor.
— A possível indicação foi interpretada no Ministério de Minas e Energia (MME) como uma tentativa de ingerência de Guedes em área que não é dele, diz o Estadão. Mas foi Guedes quem indicou Roberto Castello Branco, primeiro presidente da Petrobras de Bolsonaro e substituído por Silva e Luna.
— O nome de Paes de Andrade surpreende já que, se o objetivo da mudança é fazer uma alteração na política de precificação de combustíveis, um representante do Ministério da Economia não parece ser o candidato mais natural.
— O Estadão diz que Guedes negou a indicação. Mas, em conversas com auxiliares, não esconde que está cada vez mais desconfortável com a pressão do MME para a criação de um subsídio para os combustíveis com recursos do Tesouro.
— Ainda de acordo com o Estadão, a percepção na área econômica é que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, estaria acuado com as críticas de Bolsonaro à Petrobras e tentando jogar a conta para o Ministério da Economia via subsídio “sem controlar os lucros abusivos da empresa”.
— Apesar da fritura pública que tem feito de Silva e Luna, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a negar nessa segunda (21/3) interferência na Petrobras. “Alguns querem que a gente interfira na Petrobras. Não pode fazer isso. Até porque o próprio pessoal da Petrobras, a começar pelo presidente, responderia por ter aceitado uma interferência. Os vilões são a roubalheira na Petrobras e o ICMS“, afirmou, em entrevista à Jovem Pan. UOL
— Já a Petrobras deflagrou um movimento interno para se blindar contra uma interferência de Bolsonaro, diz a CNN. Na quinta (17/3), o diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da estatal, Rodrigo Araujo Alves, encaminhou ao MME e-mail questionando se procedia que uma nova lista com conselheiros poderia ser apresentada na próxima assembleia geral ordinária, agendada para o dia 13 de abril. A resposta foi negativa.
— Além do e-mail, a cúpula da estatal tenta se blindar via diretoria-executiva. Como é esse colegiado que define a pauta do CA, uma nova lista somente será apreciada se a diretoria pautar. E toda a diretoria é ligada ao general Silva e Luna.
— Em outra frente, os atuais conselheiros também têm conversado entre si sobre como reagir, relata a CNN. Uma ideia é, caso a lista sem Silva e Luna avance, que outros conselheiros, em solidariedade, deixariam o conselho junto com ele.
Governadores discutem ICMS dos combustíveis O Fórum de Governadores volta a se reunir nesta terça (22/3), em Brasília, para discutir a alíquota única do ICMS sobre os combustíveis, entre outros pontos.
— O presidente Jair Bolsonaro sancionou, na íntegra, o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 11, de 2020, que prevê a cobrança em uma só vez do ICMS sobre combustíveis, inclusive importados. O ICMS único também valerá para o gás natural e para o querosene de aviação (QAV). A mudança foi criticada pelos governadores, que podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Justiça determina que União se manifeste sobre PPI A juíza Solange Salgado, da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), determinou que a União se manifeste sobre ação civil pública que pede o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI) aplicado pela Petrobras nos combustíveis. A ação foi protocolada pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
— A ação da Abrava é uma resposta ao mega-reajuste feito pela estatal em 11 de março. Ela pede que a Petrobras afaste a aplicação do PPI e aplique o valor da produção nacional do barril de petróleo com custos nacionais. Correio Braziliense
Os preços do petróleo registraram alta de mais 7% nessa segunda (21/3), superando US$ 110 por barril. O barril do Brent para maio subiu 7,12%, chegando a US$ 115,62, seu nível mais alto em dez dias. O WTI para abril subiu 7,08%, a US$ 112,12 o barril, ficando acima de US$ 110 pela primeira vez em duas semanas. AFP
A Fitch Ratings aumentou a previsão para os preços de petróleo para 2022 e 2023. De acordo com a agência de risco, o Brent deve ficar em US$ 100 o barril (ante previsão anterior de US$ 70) em 2022 e US$ 80 (antes era US$ 60) em 2023. Já o WTI deve ficar em US$ 95 neste ano (antes era US$ 67) e em US$ 76 em 2023 (antes US$ 57). Estadão
Governo lança crédito inédito de metano O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, assinou nessa segunda (21/3) uma portaria criando o crédito de metano, moeda verde que deve gerar receita adicional para projetos de biogás e biometano e que integra o programa Metano Zero.
— A criação de um crédito específico para o metano é inédita no mundo. Segundo cálculos do governo, o título pode ser equivalente a até 23 vezes um crédito de carbono. A ideia é que ele seja alinhado a outros mercados de carbono.
— O Brasil ainda não dispõe de um mercado regulado de carbono. A única iniciativa é o RenovaBio, acessível a produtores de biometano, mas que representam menos de 1% das usinas certificadas, aponta o Painel Dinâmico RenovaBio, da ANP.
bp investe em detecção de metano A bp ventures investiu 3 milhões de libras (US$ 3,96 milhões) na Flylogix, negócio pioneiro de veículos aéreos não tripulados (UAV) para auxiliar na detecção de metano. A Flylogix combina o UAV com inteligência artificial, comunicações por satélite e tecnologia de sensor de metano, do parceiro SeekOps, para monitorar e medir o metano em locais mais remotos.
Certificação social do RenovaBio O Instituto Escolhas lança o estudo “Para uma transição energética justa: o Selo RenovaBio Social”. Trata-se de uma proposta de certificação social para a produção de biocombustíveis no Brasil.
— O lançamento irá ocorrer no dia 31 de março, às 14h, com debate reunindo o diretor de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Fábio Vinhado; a gerente Brasil da certificadora Bonsucro, Lívia Ignácio; e o ex-presidente da Petrobras Biocombustível (PBio), Miguel Rossetto, e mediação de Juliana Siqueira-Gay, gerente de Projetos do Escolhas.
Mercado livre impulsiona consumo elétrico O consumo de energia elétrica no Brasil registrou alta de 1% em fevereiro na comparação anual, segundo informações preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O país demandou 68.430 MW médios.
— O volume total foi impactado pela maior participação do mercado livre, que demandou 23.496 MW médios, montante 4,7% maior na comparação anual. No mercado regulado, foram consumidos 44.934 MW médios, redução de 1%.
MRV inaugura usina solar na Bahia A construtora MRV inaugurou nessa segunda (21/3) uma usina solar fotovoltaica em Lapão (BA). A planta é capaz de gerar 490 MWh por ano e inicialmente vai atender a unidades da construtora. A economia deve chegar a R$ 300 mil por ano.
— É a segunda usina solar da MRV. A primeira fica em Uberaba (MG), está em operação desde novembro de 2021 e é capaz de gerar 1.000 MWh/ano. Estadão
Privatização da Eletrobras Relatório do BTG Pactual publicado nessa segunda (21/3) mostra que o banco está otimista com o processo de privatização da Eletrobras, que deve avançar mesmo que fique para outra janela de mercado.
— O BTG acredita que uma decisão final do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o processo deve ser votada em abril, e que ainda há chances de a oferta ocorrer dentro do cronograma, com precificação até 13 de maio, prazo máximo para realizar a oferta com base nos resultados do quarto trimestre. Reuters
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