BRASÍLIA – A meta do governo federal é chegar a um acordo pela representatividade no conselho da Eletrobras até o início de agosto. O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), prega que o Poder Executivo precisa um número proporcional aos 43% que pertencem à União.
As declarações foram feitas em entrevista à CNN nesta sexta-feira (26/7). O prazo para a conciliação entre o governo e a Eletrobras ia até julho, mas o recesso do Supremo Tribunal Federal (STF) forçou a prorrogação do vencimento.
“Nosso pleito junto ao Supremo Tribunal Federal é para que a gente tenha a proporcionalidade dos direitos e das ações que tem o povo brasileiro através do BNDES, através das suas empresas, dos seus bancos públicos, que tenha uma participação equitativa ao número de conselheiros”, afirmou o ministro.
Silveira defendeu que o governo tenha quatro assentos no conselho de administração da Eletrobras. Atualmente, o governo é representado por apenas um dos nove conselheiros.
Conciliação
Em abril, o ministro Kassio Nunes Marques esticou em 90 dias o prazo para que o governo e a empresa se entendessem.
O governo segue com o plano de adiantar os aportes da privatização da Eletrobras para pagar a Conta Covid e a Conta Escassez Hídrica, conforme o texto da Medida Provisória 1212/2024.
Na entrevista desta sexta, Alexandre Silveira voltou a criticar os empréstimos obtidos durante a gestão de Jair Bolsonaro.
“Estamos trabalhando para evitar que o povo brasileiro continue pagando o preço de energia tão alto quanto infelizmente paga hoje e muito culpa da política econômica implementada pelo governo anterior e pelo Paulo Guedes, que contratou em nome do povo brasileiro, é importante que as pessoas saibam disso, empréstimos em torno de 15 bilhões”, disparou.