Combustíveis

"Quem autoriza aumento de combustíveis é a Petrobras, não o presidente", diz Lula

Reajuste pela Petrobras deve se limitar ao diesel, mas mudança no ICMS em fevereiro também vai atingir gasolina

Presidente Lula da Silva durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto, em Brasília, em 30/1/2024 (Foto Ricardo Stuckert/PR)
Presidente Lula (PT) durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto, em Brasília, em 30 de janeiro | Foto Ricardo Stuckert/PR

BRASÍLIA – O presidente Lula (PT) afirmou, em coletiva de imprensa nesta quinta (30/1), que ele não interfere na política de preços dos combustíveis. “Quem autoriza aumento no preço do petróleo e derivados de petróleo é a Petrobras, não o presidente“, respondeu.

Lula também reforçou que o impacto do aumento que virá em fevereiro é consequência de decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reajustou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis em todo o Brasil.

O aumento do imposto representa um acréscimo de R$ 0,10 para a gasolina e R$ 0,06 para o diesel. O reajuste foi definido pelo Confaz para unificar a tributação estadual e garantir que todos os estados sigam as mesmas regras fiscais.

“Não autorizei aumento do diesel. Desde meu primeiro mandato, aprendi que quem autoriza aumento do petróleo e derivado do petróleo é a Petrobras e não o presidente. Já aprendi há muito tempo isso. Ainda não fui avisado se ela vai aumentar ou não, e ela não precisa me avisar. Se tiver decisão de que para a Petrobras é importante fazer o reajuste, ela que faça e comunique à imprensa“, disse o presidente.

Questionado sobre uma eventual reação dos caminhoneiros ao aumento do preço do combustível – como ocorreu nos governos Temer (MDB) e Bolsonaro (PL) – disse que não há nada de alarmante e justificou que o diesel, mesmo com o aumento a partir de fevereiro, ainda estará mais barato do que em 2022.

“Se tiver movimentação de caminhoneiros, vou fazer o que fiz a vida inteira. Vou conversar com eles, colocar o ministro dos Transportes, a ministra Esther, para conversar. Vamos conversar com todo e qualquer setor. Nada que seja alarmante se tivermos a disposição de conversar”, afirmou.

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