O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, definiu a Operação Carbono Oculto como a maior da história do país no clmbate ao crime organizado a partir da integração de órgãos como Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público Estadual e policial de mais de dez estados. “Hoje é um momento muito auspicioso no combate ao crime organizado”, disse.
Operação Carbono Oculto da Polícia Federal para combate ao crime organizado no setor de combustíveis, em 28 de agosto de 2025 (Foto PF)
Lewandowski participa de coletiva de imprensa no Ministério da Justiça ao lado do ministro Fernando Haddad (Fazenda). O ministro Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto) assiste a coletiva do audiência, a presença dele causou surpresa entre os profissionais de imprensa.
O ministro exaltou a interlocução entre diferentes órgãos, mas não destacou o papel das policias as políticas estaduais. Ele definiu a operação como resultado de um trabalho de inteligência gerado pela “visão macro” do governo federal aobre o território nacional.
“Hoje, para o combate da migração do crime organizado da ilegalidade para legalidade, não basta mais uma operação ou várias de natureza apenas policial. É preciso uma atividade integrada de todos os órgãos governamentais, sobretudo aqueles que trabalham com inteligência”, declarou o ministro.
Lewandowski cobrou a aprovação da PEC da Segurança Pública pelo Congresso para novas operações de combate ao crime organizado. “A aprova desta PEC tornará mais frequente operações como esta”, disse.
Refinaria do crime
Haddad afirmou que a operação “não é obra do acaso”, mas resultado do uso da inteligência do Estado para chegar a lideranças criminosas. “Essa operação é exemplar, porque conseguiu chegar no andar de cima do esquema, na cobertura do sistema”, disse.
O titular da Fazenda indicou que foram apreendidos imóveis, carros e bloqueio de dinheiro do crime organizado. Haddad sugeriu que a operação pode ser vista como modelo para outras ações de combate ao crime no dia a dia.
“Estamos tentando desmantelar a refinaria do crime”, afirmou. “É a maior operação da história do Brasil e inaugura uma nova forma de trabalhar.”
Foram 141 veículos apreendidos, 1.500 veículos sequestrados, apreensão de R$ 300 mil em dinheiro, bloqueio de R$ 1 bilhão, 21 fundos de investimentos bloqueados, 192 imóveis e 2 embarcações apreendidos.
Os alvos da operação envolvem fundos participação em um terminal portuário, ao menos quatro usinas produtoras de álcool, 1.600 caminhões para transporte de combustíveis e mais de 100 imóveis, incluindo seis fazendas no interior do estado de São Paulo, segundo a Receita Federal.
E mais de mil postos de combustíveis em mais de dez estados.
Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em cerca de 350 alvos — pessoas físicas e jurídicas — localizados em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.