Livre concorrência

Cade vai priorizar investigações sobre cartéis de combustíveis líquidos

Cade designa mercado como foco de atuação, buscando a livre concorrência e a repressão de práticas anticoncorrenciais

Consumidores fazem fila em posto de combustíveis durante o Dia Livre de Impostos, em 6 de junho de 2024 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Consumidores fazem fila em posto de combustíveis durante o Dia Livre de Impostos, em 6 de junho de 2024 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) designou o mercado de combustíveis líquidos como prioritário para análise nos exercícios de 2025 e 2026, buscando a promoção da livre concorrência e à repressão de práticas anticoncorrenciais nesse setor.

De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), a Superintendência-Geral do órgão deverá priorizar a instrução e condução de investigações de cartéis e de práticas colusivas referentes ao mercado de combustíveis líquidos.

Já ao Departamento de Estudos Econômicos (DEE) do Cade caberá a atualização de estudos previamente realizados sobre o setor, em particular os filtros econométricos para detecção de cartéis.

A portaria também determina a atualização de notas técnicas e estudos relacionados às iniciativas de advocacia da concorrência, incluindo a revisão e atualização do Caderno Setorial sobre Distribuição e Varejo de Combustíveis Líquidos, avaliando a pertinência de elaborar estudo específico sobre o mercado de refino.

O Cade também buscará maior interlocução sobre o tema com outros órgãos, como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); a Receita Federal e as Secretarias Estaduais de Fazenda; a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e as entidades de defesa do consumidor; o Ministério de Minas e Energia (MME); o Ministério Público (MP); a Advocacia-Geral da União (AGU); a Polícia Federal e as Polícias estaduais.

O Conselho ainda realizará neste ano uma audiência pública sobre os problemas concorrenciais do setor de combustíveis líquidos, com a participação de especialistas do setor e dos representantes da Academia; das empresas representativas do setor de produção, refino, distribuição e varejo de combustíveis líquidos; dos representantes dos órgãos reguladores; dos representantes dos consumidores; e dos representantes da sociedade civil.

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