Correção às 17h30: o requerimento da audiência foi feito pelo deputado Bosco Costa (PL/SE). Antes, informamos incorretamente que seria de Vicentinho Júnior (PL/TO), que apenas subscreveu o requerimento
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou a deputados federais nesta quarta (11) que a BR Distribuidora “continua com o compromisso” de não apenas manter, mas ampliar o Cartão Caminhoneiro, medida criada pela Petrobras, em meio a discussões sobre preços do combustíveis, inclusive com ameaça de novas paralisações.
Bento Albuquerque afirmou que o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, “contribui e muito para que o Cartão Caminhoneiro, se tornasse uma realidade”. Ele apresentou medidas do governo federal relacionadas ao preço dos combustíveis na Comissão de Viação e Transporte (CVT), da Câmara, em audiência requerida por Bosco Costa (PL/SE).
Em julho, a BR Distribuidora deixou de ser uma empresa controlada pela Petrobras. Após oferta secundária de ação, o controle da subsidiária foi pulverizado, restando à Petrobras 37,5% de participação acionária, com outros 62,5% distribuídos entre investidores.
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“Esse Cartão Caminhoneiro foi uma iniciativa da então Petrobras com a BR Distribuidora para tentar, de certa forma, contribuir para essa questão da importância do diesel para a atividade do caminhoneiro”, explicou o ministro.
Segundo dados da BR Distribuidora, apresentados por Bento Albuquerque, mil cartões foram emitidos e há uma pesquisa de satisfação ocorrendo com empresas e caminhoneiros autônomos nesta fase piloto do programa. Próximo passo é uma campanha nacional e ampliação do acesso ao cartão.
Na prática, o Cartão Caminhoneiros é uma compra pré-paga de combustível. Em troca, a BR Distribuidora garante o preço por 30 dias. Na forma como está sendo feito, o cliente faz uma reserva de 500 litros de combustível e paga adiantado 5% desse volume. O restante ou é utilizado ou é convertido em créditos para o consumidor.
“[O Cartão Caminhoneiros] precisa de muito aperfeiçoamento e quero dizer que a BR Distribuidora continua com esse compromisso, não só de aperfeiçoar o Cartão Caminhoneiro, mas também com o compromisso de manter o abastecimento em todo o território nacional”, afirmou.
Castello Branco não comparece à comissão
O presidente da Petrobras foi convidado, mas não foi à audiência pública na CVT, o que despertou críticas dos deputados. Em defesa de Castello Branco, Bento Albuquerque justificou que tratou-se de “desconhecimento”.
“O presidente da Petrobras é uma pessoa que dialogamos com certa frequência e essa não vinda dele aqui, o não atendimento ao convite, foi muito mais por uma desinformação. O presidente desconhecia, [mas] o presidente é uma pessoa aberta, ele está disposto”, afirmou.
Ao contrário de ministros de estado, que eventualmente podem ser convocados, sendo obrigados a comparecer em audiências nas casas legislativas, o presidente da Petrobras, se convidado, tem a opção de não ir. Ministro ressaltou, entretanto, que há interesse de Castello Branco em ir ao Congresso.
“Ele tem uma agenda bastante intensa como todos nos aqui temos. Os senhores particularmente, que além de discutir os assuntos têm que deliberar em relação a eles e isso não é fácil”, concluiu.
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