Energia

Governo espera chegar a um acordo com a Eletrobras em agosto

Aumento no número de assentos no conselho deve ser a saída para o impasse

Governo Lula espera chegar a um acordo sobre assentos no conselho da Eletrobras em agosto. Na imagem: Alexandre Silveira fala durante coletiva de imprensa sobre a renovação antecipada das distribuidoras de energia elétrica, em 20/6/2024 (Foto: Ricardo Botelho/MME)
Alexandre Silveira (PSD), ministro de Minas e Energia durante coletiva de imprensa (Foto: Ricardo Botelho/MME)

BRASÍLIA – A meta do governo federal é chegar a um acordo pela representatividade no conselho da Eletrobras até o início de agosto. O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), prega que o Poder Executivo precisa um número proporcional aos 43% que pertencem à União.

As declarações foram feitas em entrevista à CNN nesta sexta-feira (26/7). O prazo para a conciliação entre o governo e a Eletrobras ia até julho, mas o recesso do Supremo Tribunal Federal (STF) forçou a prorrogação do vencimento.

“Nosso pleito junto ao Supremo Tribunal Federal é para que a gente tenha a proporcionalidade dos direitos e das ações que tem o povo brasileiro através do BNDES, através das suas empresas, dos seus bancos públicos, que tenha uma participação equitativa ao número de conselheiros”, afirmou o ministro.

Silveira defendeu que o governo tenha quatro assentos no conselho de administração da Eletrobras. Atualmente, o governo é representado por apenas um dos nove conselheiros.

Conciliação

Em abril, o ministro Kassio Nunes Marques esticou em 90 dias o prazo para que o governo e a empresa se entendessem.

O governo segue com o plano de adiantar os aportes da privatização da Eletrobras para pagar a Conta Covid e a Conta Escassez Hídrica, conforme o texto da Medida Provisória 1212/2024.

Na entrevista desta sexta, Alexandre Silveira voltou a criticar os empréstimos obtidos durante a gestão de Jair Bolsonaro.

“Estamos trabalhando para evitar que o povo brasileiro continue pagando o preço de energia tão alto quanto infelizmente paga hoje e muito culpa da política econômica implementada pelo governo anterior e pelo Paulo Guedes, que contratou em nome do povo brasileiro, é importante que as pessoas saibam disso, empréstimos em torno de 15 bilhões”, disparou.