Agendas da COP

Governo confia em aprovação de mercado de carbono até a COP de novembro

A CNI calcula o potencial de geração de R$ 128 bilhões em receitas com regulação de sistema de comércio de emissões

Governo Lula confia em aprovação de mercado de carbono até a COP28 em novembro. Na imagem: Secretário de Economia Verde do MDIC, Rodrigo Rollemberg, na primeira reunião da Comissão Especial da Transição Energética e Hidrogênio Verde (Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)
Secretário de Economia Verde do MDIC, Rodrigo Rollemberg, na primeira reunião da Comissão Especial da Transição Energética e Hidrogênio Verde (Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)

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Você vai ver aqui: A CNI calcula o potencial de geração de R$ 128 bilhões em receitas com o mercado de carbono que pode ser criado após aprovação de marco legal.

Câmara discute incentivos à eletromobilidade do Brasil. Raízen inicia operação caminhão 100% elétrico em Guarulhos. E DP World Santos, está eletrificando guindastes em Santos.

Venda da Lubnor de volta à pauta do Cade. Anapetro pede adiamento da análise do caso por ao menos 90 dias. Mataripe reaproveita resíduos no refino.

Noruega propõe mineração em alto mar, em busca de insumos para transição. TotalEnergies e Galp fecham parceria para eólicas offshore em Portugal.

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A CNI apresentou ao governo, na terça (20/6), sua proposta para o mercado regulado de carbono no Brasil, defendendo o modelo cap-and-trade, como o ETS (sistema de comércio de emissões) da União Europeia. A entidade calcula o potencial de geração de R$ 128 bilhões em receitas com o mercado.

— O secretário de Economia Verde do MDIC, Rodrigo Rollemberg, disse que o sistema defendido pela indústria dialoga com o trabalhado pelo governo. E acrescentou que, no Brasil, tanto o mercado voluntário quanto o regulado devem adotar a mesma metodologia, alinhando-se aos padrões internacionais.

O secretário está otimista sobre consenso entre os diferentes setores envolvidos na discussão para a aprovação antes da COP28, marcada para novembro deste ano, nos Emirados Árabes.

Eletrificação 1. Audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) da Câmara nesta quarta (21/6), às 11h discute incentivos à eletromobilidade do Brasil. Proposta do senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL).

— Está confirmada a presença de Uallace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC e representantes da indústria e instituições de pesquisa.

— A audiência também ouvirá o embaixador da Noruega no Brasil, Magne Ruud. A Noruega é o país com a maior frota elétrica do mundo proporcionalmente à frota total.

Eletrificação 2. A Raízen iniciou a operação de abastecimento de aeronaves utilizando um caminhão 100% elétrico da Volkswagen no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP).

O veículo e-Delivery será recarregado em uma estação da Shell Recharge, com potência de 60 kW, instalada dentro da área de operações do aeroporto, que permitirá uma recarga completa do veículo em cerca de uma hora. A eletricidade virá de fonte 100% renovável, fornecida pela Raízen.

Eletrificação 3. A DP World Santos, um terminal privado do porto de Santos, está eletrificando seus guindastes de movimentação de contêineres para reduzir o consumo de diesel nas operações. A companhia tem meta global de neutralizar as emissões de carbono até 2040.

O projeto prevê a adaptação de 22 equipamentos. A primeira máquina já está em funcionamento, outras quatro devem ser eletrificadas até o final de 2023 e o restante em 2024. Com investimento de mais de R$ 80 milhões, a DP World espera reduzir o consumo de diesel do terminal em até 60%.

Venda da Lubnor. A Anapetro pediu à relatora da venda da unidade da Petrobras no Ceará para adiar a análise do caso por ao menos 90 dias e, assim, avalie a imposição de remédios com o objetivo de evitar eventuais abusos de mercado da Grepar, que comprou a Lubnor.

— O tribunal do Cade volta a julgar o negócio nesta quarta (21/6), após um longo período de análise e um recente adiamento que consta na pauta do tribunal do órgão desta quarta (21/6). A Anapetro representa os petroleiros que são acionistas da Petrobras.

— Uma questão discutida são as relações familiares entre os donos da Grepar Participações, Greca Distribuidora e Grecor Investimentos.

— A compradora mudou sua composição societária durante a análise da venda, para tentar demonstrar ao Cade que não haverá verticalização com a distribuidora. Concorrentes questionam a solução. No site, o histórico: Cade adia julgamento da venda da Lubnor.

Acelen vai transformar resíduo da Refinaria de Mataripe em novo produto. A empresa fechou um acordo com um parceiro não divulgado para comercializar o catalisador exausto de craqueamento catalítico de petróleo (FCC). O material formado por metais é usado para a transformação da matéria-prima na refinaria e, até então, era descartado. Com isso, a refinaria vai reduzir em 30% a geração de resíduos nos processos produtivos. (epbr)

Uma mensagem do IBP

O segundo dia do ESG Energy Forum IBP começa com uma discussão sobre a implantação de HUBs de CCS (carbon capture and storage). Em pauta também debates sobre financiabilidade, redução das emissões, eólica offshore, economia circular e mercado de carbono.

O ESG Energy Forum IBP acontece até amanhã (22), no Rio de Janeiro.

Saiba mais e inscreva-se:
https://bit.ly/epbrnoESGForumIbp

Net zero mais difícil na UE. A União Europeia pode não atingir sua meta de alcançar zero emissões de carbono líquidas (“net zero”) em 2035. O motivo é a falta de capacidade de produção de baterias.

O alerta foi dado pelo órgão fiscalizador financeiro do bloco em um relatório (S&P Global). O documento cita como razões o acesso insuficiente a matérias-primas críticas, o aumento dos custos e a intensa concorrência global.

Hidrogênio renovável. A norma da União Europeia que define o que é hidrogênio renovável deve entrar em vigor em 10 de julho, após ser publicada no jornal oficial do bloco em 20 de junho.

Um período de escrutínio de quatro meses para o Parlamento Europeu e os Estados membros expirou na semana passada, sem que nenhum deles rejeitasse a definição apresentada em fevereiro. A proposta já estava atrasada há mais de um ano. Argus

Mineração em alto mar. O governo norueguês propôs nesta terça-feira (20/6) abrir suas águas para a mineração em alto mar, sob protesto de ativistas e alguns governos preocupados com impactos ambientais.

A Noruega, cujas vastas reservas de petróleo e gás o tornaram um dos países mais ricos do mundo, assumiu um papel de liderança na corrida global para explorar o fundo do oceano em busca de metais que estão em alta demanda à medida que os países se afastam dos combustíveis fósseis. (Reuters)

TotalEnergies e Galp fecham parceria para eólicas offshore em Portugal. As companhias vão compartilhar competências técnicas e o conhecimento do mercado energético para desenvolver os projetos (epbr).

Questionado sobre a possibilidade de replicar a parceria portuguesa no Brasil, o diretor-geral da TotalEnergies no Brasil, Charles Fernandes, disse que a companhia aguarda o avanço da regulação no país para definir acordos.

A TotalEnergias está desenvolvendo 9 GW de capacidade de geração eólica offshore na costa do Brasil. São três parques distribuídos no Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (epbr).