Crédito de energia elétrica

Projeto permite que consumidor que gera a própria energia doe excedente para entidade social

As comissões da Câmara dos Deputados estão analisando a proposta

Evair Vieira de Melo, à tribuna da Câmara, durante sessão plenária para discussão e votação de projetos, em 4/2/2025 (Foto Mário Agra/Câmara dos Deputados)
Vieira de Melo (PP/ES): proposta poderá propiciar ganhos sociais sem dispender recursos públicos (Foto Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O Projeto de Lei 13/25 permite que os consumidores que geram a própria energia elétrica, por meio de sistema de geração distribuída, doem o que não for consumido no mês (o chamado “crédito de energia elétrica”) para entidades sem fins lucrativos.

Pelo texto, em análise na Câmara dos Deputados, as entidades devem atuar nas áreas de assistência social, saúde e educação, e serem certificadas pelo poder público. Devem ainda estar situadas na mesma área de concessão do consumidor que ceder o excedente.

Como funciona hoje

A geração distribuída inclui os usuários que geram a própria energia por meio de sistemas simples, geralmente painéis solares.

Hoje, a energia não consumida num mês vira excedente para ser usada no mês seguinte. Pode ainda ser vendida à distribuidora local.

Impacto social

O texto é de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP/ES). Ele afirma que a medida, ao baratear a conta de luz das entidades, terá um grande impacto social. Entre os beneficiados estão as santas casas de misericórdias, que prestam atendimento em saúde à população.

“A redução do valor das contas de eletricidade alcançada com o recebimento dos créditos de energia poderá contribuir para que as instituições tenham mais recursos financeiros disponíveis para aplicar em suas atividades finalísticas”, disse Vieira de Melo.

Próximos passos

O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; Saúde; Educação; Minas e Energia; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Reportagem de Janary Júnior. Edição Natalia Doederlein.

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