Tecnologia

Brasil pode atrair data centers sem impacto ambiental, afirma presidente da Elea

Executivo ressalta, no entanto, que os impostos para a implantação de data centers no país hoje são proibitivos

O Brasil tem condições de atrair investimentos em data centers sem impacto ambiental, defendeu o presidente da Elea Data Centers, Alessandro Lombardi, em entrevista ao estúdio eixos, durante o Energy Summit, na terça-feira (24/6).

Por contar com uma matriz elétrica limpa e infraestrutura favorável, as grandes estruturas podem ser instaladas sem gerar repercussões no meio ambiente e nas comunidades onde estarão inseridas, na visão de Lombardi.

“No caso do Brasil, o data center pode ser sem impacto ambiental, porque se você obrigar a indústria brasileira a não usufruir de fontes energéticas oriundas de combustíveis fósseis, você tem uma inteligência artificial verde”, disse.

As técnicas de resfriamento desses centros de processamento de dados podem ser menos agressivas, sem o uso de água, o que também traz benefícios ambientais.

“O Brasil é o único país do mundo com porte do G20 que pode se permitir uma infraestrutura dessa tipologia”, disse.

subO mercado aguarda uma medida provisória voltada a melhorar as condições de instalação de data centers no Brasil.

Lombardi defende que os impostos acima de 50% para produtos importantes para a implantação de data centers são proibitivos. Nesse sentido, é importante adotar medidas para viabilizar os empreendimentos no Brasil.

“O governo está fazendo hoje é tirar freios. O imposto de importação é um imposto pensado para defender a indústria brasileira. Não existe indústria brasileira hoje. Portanto, aquele imposto está lá defendendo algo que não precisa ser defendido”, disse.

A ideia, segundo o executivo, é antecipar os efeitos da reforma tributária para garantir as receitas que a implantação de data centers pode garantir, compensando, assim, o excesso de impostos que existe no país.

A Elea Data Centers está implantando a AI City, projeto de machine learning e inteligência artificia na cidade do Rio de Janeiro.

Fundada na capital fluminense, a empresa está presente nos estados de São Paulo, Pará, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

E foi justamente no Rio de Janeiro que a Elea identificou um potencial para o novo projeto, já que a cidade conta com infraestrutura compatível com as ambições da empresa.

“Você está no meio de uma infraestrutura elétrica que chega por terra e, pelo mar chega a infraestrutura que nos conecta ao resto do mundo, à internet. Em uma cidade vibrante, com inovação, criatividade, cultura e capaz de atrair os cérebros que vão acabar direcionando o trabalho desses computadores. O Rio de Janeiro é o destino natural para hospedar um grande data center de inteligência artificial”, disse.

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