A Stellantis anunciou na quinta-feira (14/10) o início da produção de veículos equipados com tecnologias Bio-Hybrid e 100% elétricas no Polo Automotivo de Goiana, no Nordeste. Estas inovações fazem parte do plano estratégico Dare Forward 2030 da empresa, que visa a total descarbonização de suas operações e produtos até 2038.
Os motores híbridos estarão disponíveis a partir de 2024. São três sistemas diferentes combinando motores a combustão, flex e a etanol com elétricos.
“Nossas tecnologias de descarbonização privilegiam as características e recursos do Brasil, como o etanol e a energia elétrica limpa”, disse Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América do Sul, em comunicado divulgado pela empresa.
“Representam um esforço de nacionalização da produção. Nossa prioridade é descarbonizar a mobilidade, e queremos fazer isto de modo acessível para o maior número de consumidores, desenvolvendo tecnologias e componentes no Brasil.”
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Tecnologia híbrida nacional
O desenvolvimento das tecnologias híbridas será feito no Brasil, com uma rede de fornecedores, universidades, centros de pesquisa. O grupo, dono das marcas Fiat, Peugeot, Citröen, Jeep e Chrysler, entre outras, espera ampliar a cadeia de fornecedores de 38 para 50 no curto prazo, chegando a 100 empresas instaladas em Pernambuco, desenvolvendo e produzindo componentes e soluções para a propulsão híbrida e elétrica, e descarbonização.
A Stellantis informou que a tecnologia de propulsão híbrida, que combina motores térmicos com eletrificação, será adotada em seus três polos automotivos brasileiros – Betim (MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE). De acordo com o grupo, o movimento simultâneo é possível porque a tecnologia Bio-Hybrid é de aplicação flexível e pode equipar vários modelos de veículos.
“As três plataformas da família Bio-Hybrid são baseadas em tecnologias diferentes, que apresentam distintos graus de combinação térmica e da eletricidade na propulsão do veículo. Cada uma destas tecnologias tem sua aplicação e, juntas, atendem a todas as faixas de consumidores, tornando acessíveis os sistemas híbridos baseados na combinação da propulsão térmica flex com a eletricidade”, informou o grupo.