BRASÍLIA – A cidade de São Paulo recebeu, nesta segunda (18/9), 50 ônibus elétricos a bateria que vão integrar a frota do transporte público municipal. As operações terão início ainda este mês.
É um passo para cumprir a nova legislação de mudanças climáticas da capital, que prevê a substituição de cerca de 15 mil veículos a diesel por ônibus elétricos. Até 2024, a prefeitura de São Paulo pretende ter 20% da frota (2,6 mil ônibus) composta por eletrificados.
Os dois modelos que entrarão em operação em setembro são produzidos pela brasileira Eletra, com baterias da WEG e carrocerias da Caio, também nacionais.
Como parte dos esforços para a descarbonização de São Paulo, os veículos também deverão ter uma autonomia de 250 quilômetros. Isso possibilita que eles percorram a distância necessária para cumprir suas rotas e sejam recarregados apenas na volta à garagem, em período de pausa.
A responsável pela infraestrutura de carregamento e soluções para o monitoramento dos veículos será a Enel X, que está investindo aproximadamente R$ 160 milhões nesta primeira fase do projeto.
A empresa está negociando com diversos parceiros, incluindo operadores e fabricantes autorizados pela SPTrans, a ampliação da frota de ônibus elétricos na cidade até o final do ano que vem.
Transição na mobilidade urbana
Para Francisco Scroffa, executivo responsável pela Enel X Brasil, eletrificar a frota de ônibus na maior metrópole do Brasil é um passo “fundamental para criar um modelo de cidades mais sustentáveis no país”.
Segundo estimativas da Enel X, a adoção de ônibus elétricos pode gerar economias consideráveis, com redução de pelo menos 50% nos custos de manutenção e 65% nos gastos com combustível, se comparados aos veículos movidos a óleo diesel.
O grupo também calcula que cada ônibus elétrico em operação reduzirá as emissões de CO2 em cerca de 118 toneladas por ano, além de contribuir para a redução da poluição sonora nas áreas urbanas.
A Enel X gerencia mais de 50% das soluções para ônibus elétricos da Colômbia e do Chile, e 20% no México.
No Brasil, a empresa tenta emplacar a eletrificação em outras cidades, firmando parcerias com governos locais. Curitiba (PR), São José dos Campos (SP), Angra dos Reis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ), por exemplo, já testaram a viabilidade da tecnologia.