Mobilidade

São Paulo concentra um terço dos veículos elétricos do Brasil, aponta levantamento

Já o Distrito Federal tem a maior concentração de veículos elétricos per capita

São Paulo concentra um terço dos veículos elétricos do Brasil, aponta levantamento

CAMPINAS — O estado de São Paulo concentra um terço dos veículos elétricos do Brasil, apontam dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) compilados pela NeoCharge.

Até abril de 2025, o país tinha 441,3 mil veículos elétricos, dos quais 146,3 mil estavam no estado.

Desse total, os híbridos representam 66,2 mil unidades, os híbridos plug-in (que podem ser carregados em tomadas), 51,8 mil unidades, e os carros 100% elétricos eram 28,3 mil.

São Paulo é seguido pelo Distrito Federal, que tem 35 mil veículos eletrificados (7,94 %), e pelo Rio de Janeiro, com 33 mil (7,49%). 

Com uma população de aproximadamente três milhões de habitantes, o Distrito Federal tem uma das maiores concentrações de carros elétricos por pessoa do país. 

Segundo o diretor-geral da NeoCharge, Ayrton Barros, o motivo é a ausência de IPVA para carros híbridos e elétricos, aliada à renda per capita mais alta do Brasil. 

“Tem uma população de renda elevada que tem acesso ao carro elétrico com a isenção de IPVA, o que gerou uma cultura e um momento muito forte para o veículo eletrificado”, afirmou.

Já os estados com menor quantidade de veículos elétricos são o Acre, com 664 unidades (0,15%), Amapá, com 648 (0,15%), e Roraima, com 596 (0,14%).

De acordo com Barros, esses estados têm uma menos veículos eletrificados por terem uma menor população concentrada em áreas urbanas, além do menor poder de renda.

“O veículo elétrico é um carro que tem um perfil mais urbano, e quando olhamos a região Norte, especificamente capitais da região, vemos que os carros elétricos estão tendo uma penetração relevante”, disse.

Barros acrescenta ainda que a maioria dos veículos elétricos no Brasil são novos, pelo mercado de seminovos e usados ainda ser restrito.

“Hoje o público que compra um carro, não só elétrico, mas também um carro zero no Brasil, é um público de renda mais elevada”, disse.

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