Transição na indústria

Quase metade da indústria investe em renováveis no Brasil, aponta CNI

No Brasil, adoção de renováveis alcança 48% da indústria; autoprodução foi a principal estratégia das empresas

Instalação industrial de energia solar realizada pela Quantum (Foto Divulgação)
Instalação industrial de energia solar realizada pela Quantum (Foto Divulgação)

LYON (FR) — Em 2024, quase metade das indústrias (48%) do país afirmou ter investimentos em energia de fontes renováveis, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em 2023, esse percentual era de 34%. E o Nordeste está na liderança.

De acordo com o estudo, 60% das indústrias instaladas no Nordeste apostam em projetos de energia limpa e 93% já otimizam o consumo de energia.

No Norte e Centro-Oeste, o índice de investimentos em renováveis ficou em 56%; no Sul, 53%; e no Sudeste, 39%.

Já quando o assunto é uso de fontes renováveis, Norte/Centro-Oeste e médias/grandes lideram com 77% e 69%, respectivamente. Na média geral, o percentual é de 63%.

A pesquisa foi realizada com 1 mil executivos de empresas de pequeno, médio e grande porte de todos os estados brasileiros entre 24 de outubro e 25 de novembro de 2024.

“O aumento do interesse em investir em fontes de energia renováveis demonstra que o Brasil está na vanguarda da transição energética e reflete o compromisso crescente da indústria brasileira com a sustentabilidade”, comenta o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz.

A autoprodução foi a principal estratégia das empresas (42%) que apostaram em fontes renováveis. Para metade delas, a meta foi a redução de custos.

Aumentou também o número de indústrias que consideram a energia renovável e a inovação como estratégias para a descarbonização, mostra a CNI.

Em 2024, 25% das empresas indicaram o uso de fontes renováveis como prioridade
para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE), um crescimento de 2 pontos percentuais em relação a 2023.

Já o percentual de empresas que priorizam a inovação tecnológica para descarbonização passou de 14% em 2023 para 20% em 2024.

Além disso, mais de 60% das empresas entrevistadas estão interessadas em financiamento para adaptar as máquinas à transição energética, mas 9 em cada 10 reclamam da falta de incentivo tributário para as ações de descarbonização industriais.


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