Clima e desenvolvimento

CEO da COP30: Brasil pode ser provedor de soluções, como em agricultura e energia renovável

Ana Toni defende que o país use a conferência para demonstrar soluções já implementadas e articular financiamento para ações climáticas em escala global

Secretária do MMA e CEO da COP30, Ana Toni, durante a Conferência Global sobre Saúde e Clima, em 29 de julho de 2025 (Foto Rafael Medelima/COP30)
Secretária do MMA e CEO da COP30, Ana Toni, durante a Conferência Global sobre Saúde e Clima, em 29 de julho de 2025 (Foto Rafael Medelima/COP30)

A CEO da COP30, Ana Toni, afirma que o Brasil deve “usar” a conferência, que será sediada no país, para mostrar que pode ser um grande provedor de soluções, como em agricultura (com agricultura regenerativa, agrofloresta, reflorestamento e bioeconomia, por exemplo) e energia renovável.

Ideia é que o país deixe na COP30 legado de “quais soluções o Brasil implementou, e são escaláveis” para fora, segundo ela.

O Brasil também deseja deixar como legado a questão de financiamento, de como é possível mobilizar US$ 1,3 trilhão em soluções climáticas, segundo Toni.

A fala faz referência à meta definida na COP29 de que seja apresentado, na COP30, um documento — feito por Azerbaijão e Brasil, países que sediam COP29 e COP30 — sobre caminhos para mobilizar este montante.

Outro legado da COP30 é para que haja o entendimento de que é preciso uma revolução sobre como lidar com a natureza. “Estamos em momento de adaptar. Para todos os setores: agricultura, energia, infraestrutura, logística. Todos temos que nos adaptar, e já estamos atrasados”, disse.

Nesse sentido, a COP30 está em um momento de mostrar a urgência sobre as mudanças climáticas em vigor e entender como respondê-las. “Tema de clima não é só ambiental, mas econômico, de desenvolvimento e crescimento”, frisou.

Toni também disse que a conferência busca abordar uma “agenda de ação”, que aborde como implementar objetivos traçados em outras COPs. Segundo ela, primeiro a COP30 precisa, inclusive, valorizar acordos internacionais.

As declarações foram feitas no painel O que esperar da COP30 no Brasil?, durante evento São Paulo Climate Week, promovido pelo Cubo Itaú.

Por Caroline Aragaki

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