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Petrobras vai defender coprocessado no Senado
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Petróleo tem o maior valor em quatro meses
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A transição energética não deve escolher tecnologias, fontes ou combustíveis, mas deixar as empresas livres para encontrar a melhor forma de reduzir emissões, disse o presidente Jean Paul Prates nesta segunda-feira (18/3) em entrevista exclusiva à agência epbr durante a CERAWeek 2024, da S&P Global, no Texas. Veja a íntegra.
- “O que a gente não pode esquecer nunca nessa discussão é que toda essa história de transição energética, ela tem um objetivo: reduzir emissões, e não tirar pessoas do jogo ou colocar pessoas do jogo, ajudar uns em detrimento de outros.”
O executivo se referiu ao projeto Combustível do Futuro, aprovado pela Câmara na semana passada, que deixou de fora o diesel coprocessado. O diesel R é produzido pela Petrobras nas refinarias ao processar óleos vegetais junto com o fóssil para ter um percentual renovável na mistura final.
Ex-senador, Prates afirma que vai negociar a inclusão de um mandato para o coprocessado no PL, que tramita no Senado.
A transição energética será longa e gradual, segundo o presidente da Petrobras, e a substituição do petróleo não deve acontecer antes dos próximos 50 anos.
- “A maior parte dos mais realistas sabe perfeitamente que em 40 anos você ainda vai estar usando petróleo, big time. Em 50 anos, provavelmente, petroquímica e outras coisas ainda vão estar também dependendo de petróleo e gás”, disse o executivo.
Horas antes da entrevista, também na CERAWeek, o presidente da Saudi Aramco, Amin Nasser, afirmou que os governos devem “abandonar a fantasia” de substituir os combustíveis fósseis e garantir políticas públicas que atraiam investimentos para projetos de óleo e gás, pois a demanda por petróleo vai continuar subindo e chegar a 104 milhões de barris por dia em 2024.
A declaração do saudita aconteceu apenas três meses depois de o documento final da 28° Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) convocar os países a uma “transição para longe dos combustíveis fósseis.
Prates disse que concorda com relação aos incentivos, mas que devem ser direcionados à descarbonização.
- “Esses incentivos não são incentivos à indústria do petróleo, são incentivos a descarbonizar o que é necessário produzir de petróleo e gás, e isso será sim um ponto importante a discutir.”
Petróleo fecha na máxima de quatro meses. Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (18/3), alcançando o maior valor em quatro meses, impulsionados pela forte demanda da China e ameaça de restrições de oferta no Iraque e na Rússia.
– O barril de petróleo WTI para maio subiu 1,96%, para US$ 82,16. Já o Brent para maio fechou em alta de 1,81%, a US$ 86,89 o barril.
ExxonMobil diz que não quer Hess. O CEO da petroleira, Darren Woods, disse que não quer comprar a Hess e que está apenas defendendo seus interesses na Guiana ao barrar a transferência da participação da empresa no megabloco Stabroek caso seja adquirida pela Chevron, o que ameaça bloquear uma transação de US$ 53 bilhões.
EPE acredita em polo de gás na Foz. A Empresa de Pesquisa Energética acredita que a Bacia da Foz do Amazonas tem potencial para se tornar um polo importante de produção de gás natural no futuro, mesmo sem que ainda tenham sido feitas descobertas na região, o que justificaria prever em seu plano indicativo uma rota de escoamento de 20 milhões de m3/dia. Entenda
Diálogos da Transição. Dois eixos do plano de transformação ecológica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a reforma tributária e o mercado regulado de carbono precisam encontrar harmonia, sob o risco de a política de incentivo à descarbonização deixar de ser um incentivo, analisa o advogado João Nobrega, sócio do escritório Graça Couto, em entrevista à agência epbr. Veja na íntegra
BYD amplia investimento no Brasil. Maior fabricante de carros eletrificados do mundo, a montadora chinesa anunciou nesta segunda (18/3) que vai investir R$ 5,5 bilhões na fabricação de veículos elétricos no Brasil, 83% a mais do que os R$ 3 bilhões divulgados no ano passado. Veja os detalhes
Emergentes dependem de bancos de desenvolvimento. Apenas 14% do total de investimentos em finanças climáticas entre 2021 e 2022 foram para mercados emergentes, sem considerar a China, segundo levantamento do grupo de pesquisa Climate Policy Initiative (CPI), o que coloca os bancos de desenvolvimento como principais financiadores da transição nesses países.
São Paulo marca privatização da Emae. O governo paulista espera arrecadar R$ 780 milhões com o leilão da Emae marcado para o próximo dia 19 de abril, informa o Valor. A estatal administra quatro usinas de energia no estado que somam potência instalada de 960,8 MW.
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