BRASÍLIA – O Tesouro Nacional fez nesta segunda (13/11) sua primeira emissão de títulos sustentáveis em dólares no mercado internacional. Segundo o órgão, foram captados US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões) com a emissão de papéis com taxa de retorno para o investidor de 6,50% ao ano e vencimento em 2031.
“O objetivo da operação é reafirmar o compromisso da República com políticas sustentáveis, convergindo com o crescente interesse de investidores não residentes e com a expansão do mercado de títulos temáticos no mundo”, diz a nota.
A procura superou a oferta em 300%, segundo o Tesouro.
A maioria dos compradores foram da Europa e América do Norte, com 75% do total, e América Latina, incluindo o Brasil, com 25%.
“A emissão foi majoritariamente absorvida por investidores de longo prazo, com gestores de ativos adquirindo cerca de 60% dos títulos, e contou com expressiva demanda de contas ESG, participantes do non-deal road show realizado pelo Brasil no início de setembro de 2023″, disse o órgão em comunicado.
A operação foi liderada pelos bancos Itaú BBA, J.P. Morgan e Santander.
Os recursos captados deverão ser aplicados em ações que impulsionem a sustentabilidade e contribuam para a mitigação de mudanças climáticas, para a conservação de recursos naturais e para o desenvolvimento social.
Meio ambiente como prioridade
No início de outubro, o Tesouro divulgou a distribuição do dinheiro a ser levantado no mercado externo, com a previsão de destinar de 50% a 60% dos recursos levantados a projetos de meio ambiente. Os projetos sociais ficarão com os 40% a 50% restantes.
“Após o anúncio do Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis, o Tesouro Nacional dá continuidade à execução de sua estratégia, se comprometendo a alocar o montante equivalente aos recursos captados em ações que impulsionem a sustentabilidade e contribuam para a mitigação de mudanças climáticas, para a conservação de recursos naturais e para o desenvolvimento social.”