Mercado de geração distribuída triplica em 2019 puxado pela demanda residencial

Mercado de geração distribuída triplica em 2019 puxado pela demanda residencial

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Diálogos da Transição

apresentada por

Quem faz
Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Em meio à polêmica, mercado de geração distribuída triplica, puxado pela energia solar

O mercado de geração distribuída triplicou em 2019, atingindo 2,1 GW de potência instalada em mais de 170 mil sistemas, que atendem a 226 mil consumidores de energia – apontado como um efeito da revisão das regras, que colocou o assunto na agenda nacional.

Nesta edição, destacamos o perfil da geração distribuída, majoritariamente composta por pela fonte solar fotovoltaica, com sistemas que ficaram mais potentes em 2019 e se consolidaram como um grande mercado em cidades de pequeno e médio portes.

A proposta da Aneel de reduzir descontos aplicados no cálculo dos créditos aos que os consumidores têm direito, ao injetar a energia na rede de distribuição – o debate entre “taxar o sol” versus redução de subsídios –, provocou uma corrida por novas conexões…

…Especialmente, de consumidores residenciais, que geram energia nos telhados de casa. Essa demanda também é responsável pela interiorização da geração distribuída, para cidades com menos de 50 mil habitantes.

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Em quantidade de projetos, os maiores mercados continuam sendo em Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, que crescem constantemente desde 2014. Ano passado, o Paraná assumiu a 4ª posição, ultrapassando Santa Catarina.

O principal mercado emergente é o do Centro-Oeste, com  muitos sistemas instalados e um crescimento da demanda superior à média nacional.

No Nordeste, destaques são Bahia, Pernambuco, Paraíba, Piauí e Maranhão e, no Norte, o Pará – estados com milhares de micro e minigeradores e crescimento acelerado em 2019.

Empresas de telefonia e bancos lideram capacidade de geração distribuída

Apesar de os consumidores residenciais representarem a maior parte do mercado – mais de 147 mil unidades consumidoras, cerca de 70% gerando energia localmente –, a revisão das regras pela Aneel afeta os negócios de grandes empresas de atuação nacional.

No topo do ranque de potência instalada, estão as empresas Claro e Tim e os bancos Santander e Caixa Econômica Federal; além de desenvolvedoras de projetos, como Mori, Alsol e Ebes, que atuam no segmento.

A liderança, contudo, não implica em concentração do mercado. Nos dados disponíveis, a Claro é a maior titular, em termos de potência, mas com cerca de 1,7% de toda a capacidade conectada às redes de distribuição.

Curtas

Levantamento feito pela Greener aponta que a construção de usinas solares de grande porte, negociadas em leilões de energia, vai movimentar R$ 9,5 bilhões até 2025. Dos 4,4 GW contratados de 2014 em diante, 1 GW está em construção e 1,1 GW não teve as obras iniciadas. A consultoria também aposta em crescimento da fonte no mercado livre. Valor

A semana no mercado de gás: Petrobras fará leilão para vender 10 milhões de m³/dia de gás boliviano na fronteira com Brasil – é o gas release, sob supervisão da ANP. A TBG confirmou que 15 empresas demonstraram interesse na chamada para contratação de capacidade incremental no Gasbol…

… A presidente da Potigás, Larissa Dantas Gentile, conversou com a epbr sobre as negociações que levaram a uma redução de 10% nos preços e os planos para o mercado livre no Rio Grande do Norte…

…O governo de Sergipe avalia a possibilidade de interligar o terminal de GNL da Celse à fábrica de fertilizantes da Petrobras no estado, arrendada pela Proquigel. O secretário José Augusto Carvalho se reuniu essa semana com o diretor da ANP, Cesário Cecchi, e executivos da Celse, Golar Power, TAG, Sergas e Proquigel para tratar da integração da malha.

Relatório da ONU alerta que 2019 foi o ano de menor crescimentos econômico na década (+2,3%) e que a falta de compromissos governamentais expressivos com a transição energética é um dos fatores que prejudicam a geração de riqueza, desperdiçando oportunidades e aumentando os riscos relacionados à emergência climática. O relatório Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2020 (WESP 2020) foi lançado nesta quinta (16).

O compromisso com o Acordo de Paris vai virar lei na Nova Zelândia, onde o parlamento aprovou um plano para zerar as emissões líquidas de carbono até 2050. “O projeto adotou uma abordagem mais suave sobre o metano, um forte gás de efeito estufa, que é predominantemente produzido pelas emissões agrícolas da Nova Zelândia”, ponderou o Renew Economy (em inglês), da Austrália.

A Galp vai pretender inaugurar ester ano seu primeiro posto para abastecimento de hidrogênio em Portugal. A Empresa ingressou no Hydrogen Council, como parte de sua estratégia de realizar 40% de seus investimentos anuais em projetos que levem a redução de emissões. Do jornal Negócios, de Portugal.

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