BRASÍLIA — O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, afirmou nesta quarta (21/6) que a pasta não vai priorizar uma única rota tecnológica de descarbonização no programa Rota 2030.
A iniciativa federal tem como objetivo impulsionar a eficiência energética e estimular investimentos em P&D (pesquisa e desenvolvimento) no setor automotivo brasileiro, além de incentivar o uso de biocombustíveis e alternativas limpas de propulsão em veículos.
“Temos um programa estratégico para o processo de eletromobilidade, que é o Rota 2030 […] Não devemos nos fechar em apenas uma única rota tecnológica de descarbonização. É importante deixar claro”, ressaltou, em debate na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado.
Segundo Moreira, a intenção do governo é otimizar uma política industrial que coloque como essencial as tecnologias que já são desenvolvidas no país, visando uma maior inserção no mercado internacional.
“Não queremos ficar presos ao mercado interno. Nós queremos promover e desenvolver rotas tecnológicas que possibilitem uma maior inserção internacional com o objetivo de melhorar a qualidade da pauta exportadora brasileira”, explicou.
Moreira defende que a diversificação das rotas pode alavancar o potencial competitivo do Brasil por ser um país de “matriz energética e elétrica predominantemente limpas”.
De acordo com o secretário, é previsto que a segunda fase do Rota 2030 — agora com novas regras — tenha início em agosto.
“O Rota 2030 começou a ser implementado em 2018 e agora entra numa segunda fase possivelmente em agosto”, adiantou.
Combustível do Futuro
O governo também espera encaminhar em breve ao Congresso o PL do Combustível do Futuro. A proposta vai estabelecer marco para mobilidade sustentável através da promoção dos biocombustíveis e da eletrificação.
A medida tem como intuito combater as emissões de carbono provenientes dos transportes e integra políticas públicas, como o RenovaBio e o próprio Rota 2030, para alcançar esse objetivo.
Segundo o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, a iniciativa Combustível do Futuro, que está em fase final de aprimoramento pela Casa Civil, será “o maior programa de descarbonização do mundo”.