BRASÍLIA e RIO – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), declarou apoio nesta quinta (18) ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ao comentar uma notícia sobre a cobiça do centrão pelo comando da pasta.
“O ministro Bento tem o nosso apoio”, publicou Maia, no Twitter.
Segundo o jornalista Tales Faria, do UOL, integrantes do centrão pressionam pela demissão de Bento Albuquerque, em meio à crise no Amapá, estado que sofre há mais de duas semanas com apagões e fornecimento intermitente de energia.
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A declaração de apoio ocorre em um momento de disputa entre o grupo de Maia e os parlamentares liderados por Arthur Lira (PP/AL) pelo controle dos trabalhos na Câmara, a partir de 2021.
A quebra de braço, que praticamente paralisou os trabalhos na Câmara há mais de um mês, gira em torno da presidência da Comissão Mista do Orçamento (CMO), mas tem como pano de fundo a disputa pela presidência da casa legislativa em 2021.
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A matéria do UOL afirma que a demissão de Bento poderia desencadear a reforma ministerial, que vem sendo ventilada há alguns meses e é uma pressão dos partidos que formaram a base do governo no Congresso Nacional após a aliança de Bolsonaro com o centrão.
Seria também uma resposta do governo federal à crise do Amapá, estado de origem do presidente do Davi Alcolumbre (DEM), que sente que foi diretamente atingido, tendo em vista que seu irmão, Josiel é candidato a prefeito em Macapá e recuou nas pesquisas.
A posição de destaque de Alcolumbre em Brasília e a proximidade com Bolsonaro acabaram a afetando a imagem dos irmãos no estado, diante de uma população que cobra uma solução para a crise energética.
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Condução da crise é bem avaliada no Planalto
Iniciativas para derrubar o ministro Bento Albuquerque não são inéditas e o ministério é, tradicionalmente, cobiçado por partidos políticos.
Bento Albuquerque, contudo, é próximo do presidente Bolsonaro, tem apoio da ala militar do governo – é almirante de esquadra da Marinha do Brasil – e a condução da crise no Amapá tem sido bem avaliada no Planalto.
Enquanto o centrão, que quer a vaga do ministro, é a base do próprio governo Bolsonaro.
Com uma série de pautas do setor de energia no Senado, Bento Albuquerque e integrantes do MME também buscaram se aproximar de Davi Alcolumbre e de senadores. Entre parlamentares, inclusive, a percepção é que o ministro tem muito mais interlocução no Senado do entre que deputados federais, incluindo o próprio Rodrigo Maia, opositor de Bolsonaro.
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