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Diálogos da Transição
eixos.com.br | 28/04/22
Apresentada por
Editada por Nayara Machado
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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pode votar a qualquer momento o PL 403/2022, do senador Irajá (PSD/TO), que isenta veículos elétricos e híbridos do Imposto de Importação até 31 de dezembro de 2025.
A proposta tenta estender os incentivos de uma resolução de setembro de 2020, do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), que zerou a alíquota de 35% para a maioria dos casos de importação de veículos elétricos ou híbridos, e reduziu a 2% ou 4% em algumas situações.
Segundo o senador, o objetivo do PL é aumentar a abrangência do benefício já concedido pelo Poder Executivo e dar segurança jurídica para as empresas, já que, uma vez em lei, o incentivo não poderá ser retirado sem o aval do Congresso Nacional. Veja na íntegra (.pdf)
A expectativa com a proposta é reduzir em até 20% o preço final dos eletrificados no Brasil.
“O impacto no custo final poderia reduzir da ordem de 10 a 20% o preço dos veículos elétricos e híbridos para o consumidor final brasileiro. Existe ainda uma distância muito grande até a viabilidade econômica, porque a frota a combustível fóssil é infinitamente menor o preço”, justifica o autor do projeto.
Se aprovado na CAE, o PL segue direto para a Câmara dos Deputados, sem precisar passar pelo plenário do Senado.
Em março, o Senado também aprovou a criação da Frente Parlamentar pela Eletromobilidade, proposta pelo senador Rodrigo Cunha (PSDB/AL). Por enquanto, a frente tem dois titulares: os senadores Jayme Campos (DEM/MT) e Carlos Viana (PL/MG).
Cobrimos por aqui:
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Enquanto isso, empresas se unem para impulsionar carros elétricos no Brasil.
Um grupo de companhias do setor de mobilidade urbana, liderado pela empresa de tecnologia 99, lançou uma coalizão com meta de criar 10 mil estações públicas de carregamento em todo o país até 2025. Atualmente, existem cerca de 1,5 mil pontos de recarga no mercado brasileiro.
Chamada de Aliança pela Mobilidade Sustentável, a iniciativa envolve a CAOA Chery, Ipiranga, Movida, Raízen, Tupinambá Energia, Unidas e Zletric.
A aliança pretende discutir formas para impulsionar toda a infraestrutura necessária à eletrificação da frota brasileira, a partir da criação de postos públicos de recarga. O grupo também quer diminuir as barreiras para a aquisição de carros elétricos.
A estratégia passa por facilitar o aluguel de veículos do tipo entre motoristas de aplicativo; fornecer apoio às montadoras e às outras empresas da cadeia, como fornecedores de peças; além de monitorar a recepção pelo público.
A cidade de São Paulo funcionará como pólo pioneiro para implementação do programa, que contará com o suporte do DriverLAB, centro de inovações da 99 que deve investir cerca de R$ 250 milhões nos próximos três anos, sendo R$ 100 milhões em 2022.
JBS também investe em eletrificação. A produtora de alimentos à base de proteína JBS anunciou, na quarta-feira (27/4), o lançamento da No Carbon, empresa especializada em locação de caminhões elétricos.
A companhia atuará, inicialmente, nas operações logísticas da própria JBS, atendendo o setor de distribuição de produtos das marcas Friboi, Seara e Swift, e será responsável pela gestão de uma frota de caminhões movidos à energia elétrica.
O caminhão é equipado com baús frigoríficos que possibilitam o transporte de produtos resfriados e congelados, com capacidade de até quatro toneladas de carga. Os pontos de recarga dos veículos estarão disponíveis nos centros de distribuição das marcas. A autonomia do veículo (com o baú) é de até 150 quilômetros.
A criação da empresa está ligada à estratégia da JBS para alcançar neutralidade de carbono até 2040.
A No Carbon irá impactar diretamente nas emissões de CO2 do chamado escopo 3 (emissões indiretas da empresa) — o mais complexo de conseguir resultados — ao substituir os modelos a diesel usados pelos prestadores de serviços logísticos do grupo.
Eletrificação do consumo. Enel Brasil e Delloite anunciaram hoje (28/4) um estudo sobre os Caminhos para a Transição Energética no Brasil. A iniciativa vai trazer recomendações de políticas públicas para apoiar a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do país.
O estudo será realizado em três etapas, e contará com o envolvimento de representantes de empresas públicas e privadas, de diferentes setores da economia, como o elétrico, o de transporte e a indústria, órgãos governamentais, associações e universidades. A versão final será entregue ao governo brasileiro antes da COP 27.
A mesma iniciativa está sendo promovida em outros sete países da América Latina onde a Enel está presente.
“A eletrificação do consumo, combinada às energias renováveis, será a chave para zerar as emissões e limitar o aquecimento global. A eletrificação do consumo, a digitalização das redes de energia para suportar essa transformação e as novas tecnologias de geração limpa vão gerar emprego e desenvolvimento”, afirma Nicola Cotugno, country manager da Enel Brasil.
Dados confiáveis. Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Climatempo e a agência de cooperação alemã GIZ estão construindo o que promete ser a maior base de dados do setor eólico e solar no Brasil.
O projeto vai disponibilizar uma plataforma digital com uma base histórica de dados climáticos confiáveis, além de um conjunto de ferramentas para planejamento mais eficiente de investimentos nos setores eólico e solar.
A plataforma, prevista para ficar pronta até o final do ano, disponibilizará dados para todo o Brasil dos últimos 40 anos sobre velocidade e direção do vento em diferentes altitudes, radiação solar, entre outros.
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