Preços do petróleo caem 11%; Paulo Guedes defende venda da Eletrobras como medida urgente no Congresso Nacional

O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Preço do petróleo chegaram a cair mais de 11% nesta segunda (16), acompanhando índices ao redor do mundo, enquanto investidores digerem mal as ações anunciadas pelo banco central americano, o FED, no fim de semana.

— Na abertura, futuros do Brent negociados em Londres atingiram a mínima de US$ 30,01 (-11,3%). O WTI foi a US$ 29,41 (-8,4%) na bolsa de Nova York.

— O corte de juros anunciado pelo FED, junto com medidas de apoio ao sistema financeiro, é visto como um sinal de piora da crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus. Também no domingo, foi anunciada uma ação coordenada entre bancos centrais da Europa, Ásia e América do Norte para garantir liquidez dos mercados. O Globo

Executivos da Saudi Aramco afirmaram hoje à investidores que a empresa está pronta para elevar a produção de óleo para 13 milhões de barris/dia, mas revisou para baixo a projeção de investimentos de 2020 para US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões – corte de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões. Bloomberg

— No Brasil, são 200 casos confirmados de contágio pelo novo coronavírus, maioria em São Paulo, seguido de Rio de Janeiro. Autoridades segue sem direção clara: Bolsonaro fala que medidas para evitar aglomerações são histéricas, na contramão das orientações do seu próprio Ministério da Saúde.

As agências reguladoras federais estão anunciando medidas para tentar evitar a proliferação do novo coronavírus em suas audiências públicas e reuniões de diretoria. Fazem parte das orientações do governo federal para tentar conter a crise.

— ANP (petróleo e gás), Aneel (energia elétrica) e ANM (mineração) estão adiando audiências públicas, eventos e ações que impliquem no aumento da circulação de pessoas.

— Paulo Guedes afirmou que os bancos públicos serão a próxima linha de defesa contra os efeitos na economia. O ministro revelou que um modelo rodado no Banco Central, em apoio ao planejamento do Ministério da Saúde, apontou que o vírus pode ser espalhar mais rápido no Brasil.

“Estados Unidos e Brasil estariam com a taxa de contágio mais rápida do que ocorreu na própria China e na Itália. Foi alarmante”, afirmou Guedes.

— O ministro segue afirmando que as reformas são a melhor resposta para a crise e cita inclusive a possibilidade de levantar recursos para bancar medidas com a privatização da Eletrobras, medida “urgente” que deveria ser priorizada pelos parlamentares, defende o ministro:

“Temos três semanas, posso indicar as três medidas mais urgentes. Se aprovarem a Eletrobras temos R$ 16 bilhões. Fica agora no Orçamento e vendo no segundo semestre. Já dá para aprovar a PEC Emergencial, e a Emenda Mansueto, que ajuda os Estados. Aí temos entre R$ 12 bilhões e R$ 14 bilhões.”

— Em entrevista à Folha, disse que além da antecipação de recursos para aposentados (R$ 24 bilhões) e a liberação de depósitos compulsórios pelo BC (R$ 135 bilhões), Caixa Econômica tem R$ 70 bilhões, em parte para compra de dívidas de bancos menores; e BNDES tem R$ 100 bilhões para devolver ao governo, que podem ser usados em linhas de créditos para pequenas e médias empresas.

— O risco de contaminação com o novo coronavírus vem afetando diretamente os trabalhos legislativos, com medidas impostas para reduzir a circulação de pessoas e casos confirmados e suspeitos entre deputados, senadores e servidores.

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Nesta segunda (16), reunião discute medidas como ampliar Bolsa Família e suspensão de tributos sobre a folha. Estadão

— A Firjan afirma que sem medidas de estímulo econômico o crescimento do PIB em 2020 pode cair de 1,8% para 1,2%, nas estimativas da associação. O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, também cobrou maior oferta de crédito de bancos públicos no mercado.

“Se agentes financeiros não sobreviverem a essa hecatombe não adianta guardar dinheiro. A sobrevivência da grande maioria das pequenas e médias empresas, que empregam uma barbaridades, depende de um programa de apoio do governo”, afirma. Folha

O governo de Pernambuco e a Golar Power assinaram protocolo de intenção na sexta para operação de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) em Suape, que vai demandar R$1,8 bilhão. Contará com o navio GNL Golar Mazo, que ficará permanentemente atracado em Suape. A previsão é que as operações comecem no segundo semestre.

O governo federal criou o Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono, que será coordenado pelo Ministério da Economia. Participam outras pastas, incluindo o Ministério de Minas e Energia, e associações empresariais.

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