Solidariedade embarca em campanha de Baleia Rossi (MDB/SP) para o comando da Câmara dos Deputados e bloco de apoio do candidato de Rodrigo Maia (DEM/RJ) chega a 12 partidos, com 282 deputados – são necessários 257 para vencer a disputa e os votos são secretos.
A liderança do Solidariedade abandonou Arthur Lira (PP/AL). Paulinho da Força, de São Paulo, afirmou em nota ser “indispensável” a criação de uma frente de defesa da democracia. Foi uma demonstração de força do atual presidente, Rodrigo Maia.
Antes da pandemia, o Solidariedade dominava a Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDEICS), com Bosco Saraiva, de Pernambuco. A comissão é importante para setor de energia – foi nela que o deputado Laercio Oliveira (PP/SE) conseguiu a relatoria da Lei do Gás, por exemplo.
A Câmara tem muito a fazer. A saída da Ford do país revela a necessidade de melhorar o ambiente de negócios. Os impostos pesam para o setor produtivo e trabalhadores. Sou autor da proposta de reforma tributária que une 5 impostos em 1. O relatório do @depaguinaldo11 está pronto.
— Baleia Rossi (@Baleia_Rossi) January 18, 2021
Com a mudança, os partidos fechados com Baleia Rossi são DEM, MDB, PSDB, Cidadania, PSL, PT, PSB, PDT, PCdoB, Rede, PV e Solidariedade.
Arthur Lira tem nove legendas: PP, PSD, Republicanos, PL, PROS, PSC, Avante, Patriota e PTB, com 196 parlamentares. Disputa ainda é apertada.
Para marcar uma posição para o mercado, Baleia Rossi defendeu nesta segunda (18) que a prioridade de 2021 deve ser a aprovação da PEC 45 da reforma tributária.
O Brasil precisa “de um projeto de país — e não de poder — para superar a pandemia e seguirmos em frente. Caso contrário, corremos o risco de embarcar em mais uma década de tragédias sociais e baixo crescimento”, afirmou Baleia Rossi.
Está definido que a eleição será presencial em 1º e fevereiro, o que favorece Lira pela possibilidade de negociar votos diretamente no plenário.
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Popularidade em queda
Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda (18) mostra um aumento de cinco pontos percentuais na rejeição ao governo do presidente Jair Bolsonaro, que foi a 40%. Na pesquisa realizada em dezembro, 35% dos entrevistados consideravam o governo ruim ou péssimo.
É um nono ponto de inflexão: Bolsonaro perdeu popularidade desde a posse em 2019, chegando ao pior momento durante a pandemia de covid-19. O auxílio emergencial, contudo, favoreceu bruscamente a aprovação do governo, mas o pagamento acabou em dezembro.
A pesquisa divulgada quinze dias antes das eleições da Câmara e do Senado, também avaliou a condução do governo na economia. Ao todo, 54% dos entrevistados afirmaram que a economia do Brasil está no caminho errado. E 34% responderam que aprovam a condução de Paulo Guedes.
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