Em carta divulgada ao Congresso, 18 secretários estaduais de Fazenda pediram que o auxílio emergencial e o orçamento de guerra sejam prorrogados por seis meses como medidas para enfrentar o impacto econômico da pandemia de Covid-19. A solicitação, se atendida, suspenderá a validade do teto de gastos e da regra de ouro até julho de 2021.
Eles também pedem a suspensão do pagamento de precatórios por 12 meses, até dzembro de 2021, e a possibilidade de manutenção das suspensões dos pagamentos de amortização e juros de dívidas com União, bancos públicos e instituições financeiras assim como das operações de crédito com aval da União.
O pedido dos governo estaduais um dia depois que os candidatos do governo à presidência da Câmara e do Senado, respectivamente o deputado Arthur Lira (PP/AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG) defenderam a prorrogação do auxílio emergencial. Agora são cada vez mais vozes pedindo que o governo flexibilize o rigor fiscal.
Tebet tenta conquistar apoio do mercado prometendo manutenção do teto
Na contra-mão está a candidata do MDB no Senado. Simone Tebet teria nesta tarde reunião com economistas de linha liberal, como Elena, Armínio Fraga, Edmar Bacha e o ex-secretário do Tesouro do governo bolsonaro, Mansueto Almeida, para debater um caminho para evitar a quebra do teto de gastos e tranquilizar o mercado, ainda que ela também defenda a prorrogação do auxílio.
Mesmo retomando o auxílio emergencial, é preciso assegurar o respeito ao teto de gastos. Esse será um dos assuntos da minha reunião com economistas. https://t.co/ZdWte25qO7
— Simone Tebet (@SimoneTebetms) January 22, 2021
Entre os signatários da carta de secretários de Fazenda está o representante do Mato Grosso do Sul, estado da senadora. Os outros são o s secretários do Paraná, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Tocantins e Sergipe.
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Rejeição a Bolsonaro vai a 40%
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira mostrou que a rejeição ao governo do presidente Jair Bolsonaro voltou a crescer em janeiro, atingindo 40% da população. O número é oito pontos superior à rejeição verificada há um mês, quando 32% dos entrevistados avaliavam o governo como ruim ou péssimo. Já a avaliação positiva caiu de 37% para 31% no período.
Outros 26% avaliaram a gestão como regular. Em dezembro, esse número somava 29%. A piora na avaliação do presidente ocorre após o fim do auxílio emergencial, também em dezembro, e com a aceleração no número de contaminados e mortos pela covid-19. Hoje o Brasil registrou mais 1.071 mortes pela doença. Desde o começo da pandemia, 215.299 pessoas perderam a vida no país.
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