Gás Natural

Paraná prevê criação de regras para o mercado livre de gás natural em 2024

Agenda regulatória da Agepar inclui uma revisão geral das regras do mercado do estado

Governo do Paraná propõe redução no ICMS do gás natural do estado de 18% para 12%. Na imagem: Citygate (ponto de entrega de gás) da Compagas, distribuidora de gás natural do Paraná; Rede de gasodutos nas cores amarela e vermelha, com dois trabalhadores realizando inspeção e conversando; vestem uniforme azul, capacete branco e óculos escuros, equipamentos de proteção individual (Foto: Divulgação)
Gasodutos em ponto de entrega de gás natural da Compagas, no Paraná (Foto: Divulgação)

RIO – A Agência Reguladora do Paraná (Agepar) pretende regulamentar este ano o mercado livre de gás natural no estado. O tema está incluído na agenda regulatória da agência (na íntegra, em .pdf), que também prevê atualizar este ano as regras do serviço de distribuição da Compagas.

Hoje, o Paraná conta com apenas um usuário livre: a Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA), vendida pela Copel para a Âmbar Energia, do grupo J&F.

O governo estadual do Paraná sancionou em 2022 uma nova lei do gás (a lei complementar 247/2022). Enxuta, trouxe como principal novidade a redução das exigências para o mercado livre, ao estabelecer um consumo mínimo de 10 mil m³/dia para a migração de indústrias – antes, o limite mínimo era dez vezes superior.

A lei, contudo, atribuiu à Agepar a regulamentação posterior do mercado livre no estado, com base nas diretrizes da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O órgão regulador estadual só passou a regular os serviços de distribuição e comercialização de gás canalizado a partir de dezembro de 2017.

A Agepar informou, na agenda regulatória publicada este mês, que o novo regulamento tratá as condições para prestação dos serviços de distribuição de gás canalizado pela concessionária a usuários livres “visando a abertura e desenvolvimento do mercado de gás” no Paraná. 

Regras do serviço de distribuição também serão revistas

A agência também pretende atualizar as regras do serviço de distribuição, contidas no decreto estadual 6052/2006, considerada a “defasagem temporal do regulamento vigente”.

Nesse intervalo, o estado passou a contar com uma nova lei para o gás e a Compagas teve o seu contrato de concessão renovado por mais 30 anos a partir de 2024 – o que torna “oportuna a sugestão para revisão das condições gerais de fornecimento de gás canalizado”, segundo a Agepar.

Na renovação, a companhia assumiu um compromisso de investimento de R$ 2,5 bilhões ao longo de 30 anos.

A Copel, controladora da Compagas, pretende vender o controle do ativo este ano.

A agenda regulatória da Agepar prevê, ainda, a revisão da estrutura tarifária vigente da Compagas. A ideia da agência é realizar “estudos e propostas para estruturas alternativas”.