Mercado de gás

Origem quer estoque regulador nacional de gás com armazenagem subterrânea

A empresa também defende que sejam implementadas ações para proporcionar condições de transporte mais transparentes e acessíveis

Origem Energia prevê investir US$ 300 milhões e triplicar produção de gás em Alagoas. Na imagem, operações da Origem Energia no Polo Alagoas, de produção de petróleo e gás natural (Foto: Divulgação)
Operações da Origem Energia no Polo Alagoas, de produção de petróleo e gás natural (Foto: Divulgação)

A Origem Energia está defendendo a criação de um estoque regulador de gás natural nacional por meio de uma política nacional de armazenagem subterrânea. Para isso, entende, pode ser um usado gás do pré-sal com a redução da injeção nos projetos de produção.

A defesa faz parte da contribuição enviada pela Origem para a consulta pública aberta pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para discutir “Transição Energética Justa, Inclusiva e Equilibrada”, caminhos para o setor de O&G viabilizar a nova economia verde.

A empresa defende também que sejam fomentados investimentos privados em infraestruturas nacionais de estocagem subterrânea de gás natural e CO2 e incentivos à adoção de tecnologias de baixo carbono, que usem o gás natural.

Para isso, entende a empresa, é preciso avançar na regulação da estocagem subterrânea de gás natural (ESGN), prevista na Lei do Gás, “mas sem previsão concreta na Agenda Regulatória da ANP”.

A empresa também defende que sejam implementadas ações para proporcionar condições de transporte mais transparentes e acessíveis. Não indica, contudo, quais seriam essas ações.

E pede ainda o fomento para a atuação dos produtores independentes de petróleo, com incentivo ao desenvolvimento de operações em regiões de menor atratividade exploratória.

“… sinalizando para uma maior diversidade de agentes e estímulo à integração tecnológica para monetização do gás natural em conjunto com outras rotas de produção de energia renovável”, diz a contribuição.

Leilão de reserva

A Origem Energia enxerga no próximo leilão de reserva de capacidade, previsto para 30 de agosto, uma oportunidade para participação de duas de suas termoelétricas e para o desenvolvimento do projeto de estocagem de gás natural nas suas operações no Polo de Alagoas.

A companhia está olhando “tanto para os nossos dois projetos termoelétricos, que totalizam 280 megawatts, eles são projetos que já incluem tecnologias de acionamento imediato e que, obviamente, vão estar conectados à nossa solução de estocagem”, disse Flávia Barros, diretora Comercial da companhia, em entrevista ao estúdio epbr na gas week 2024.

Assista entrevista na íntegra.