A presidência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara está no alvo das bancadas do PT e PSB. Dois dos maiores partidos da oposição, eles veem na comissão uma vitrine importante para evidenciar falhas na política ambiental do Bolsonaro, criticada internacionalmente.
Pelo lado do PT, Nilto Tatto (PT/SP) é o principal candidato para o posto. Atual presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, ele presidiu a comissão em 2017 e foi vice-presidente em 2018.
No PSB, o atual presidente da comissão, Rodrigo Agostinho (PSB/SP), não pode ser reconduzido, mas trabalha para manter o protagonismo no setor e influenciar a escolha do próximo presidente.
A definição, no entanto, ainda deve se arrastar pelas próximas duas semanas. Antes, o PSB vai escolher quem será o líder da bancada. A disputa está entre Alessandro Molon (PSB/RJ) e Danilo Cabral (PSB/PE).
Agostinho e Tatto estiveram na linha de frente da mobilização contra o leilão de blocos das bacias Camamu-Almada e Jacuípe, na Bahia, na Bahia na 16ª rodada da ANP.
Ano passado, Agostinho propôs um PL para proibir a venda e circulação de carros com combustível fóssil, em 20 anos, e é relator na comissão Meio Ambiente do PL 1935/2019, que veda a produção de gás natural a partir de reservatórios não-convencionais shale gas), com uso de fraturamento hidráulico. O deputado também está no centro do debate sobre a Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 3729/2004).
Tatto é coautor do PL 3280/2015, que visa garantir que a matriz energética nacional possua, no mínimo, 40% de fontes renováveis de geração de energia. O texto aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara.
[sc name=”podcast” ]