BRASÍLIA – A indústria automobilística brasileira deve investir cerca de R$ 14 bilhões em infraestrutura para carros elétricos até 2035, com a aprovação do PL do Combustível do Futuro, diz uma nota do Ministério de Minas e Energia publicada na quarta (27/9), citando estimativas da Anfavea.
O projeto de lei foi encaminhado pelo presidente Lula (PT), este mês, ao Congresso Nacional e engloba propostas para a mobilidade de baixo carbono.
De acordo com o MME, o consumo anual da frota de veículos eletrificados pode chegar até 4,4 TWh até 2030, representando de 0,5% a 1,5% do consumo elétrico brasileiro.
A mudança resultará na redução de 3 a 5 bilhões de litros de gasolina consumidos anualmente.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), projeta que o crescimento terá um impacto positivo em setores como o da mineração, uma vez que minerais estratégicos serão cada vez mais demandados para a produção de baterias dos carros elétricos.
“Além de implementarmos fonte de energia limpa na frota de veículos, iremos impulsionar diversos setores, como o da mineração, que terá seu potencial ainda mais explorado”, ressalta Silveira.
Outra previsão é que o Combustível do Futuro gere mais de 1,2 milhões de empregos diretos e indiretos no setor automobilístico, segundo o MME.
Rota 2030
Prevista para ser lançada nas próximas semanas, a segunda fase do Rota 2030 também deve aquecer o mercado automotivo.
De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por verificar o cumprimento das ações de P&D do programa, mais de 2 mil projetos de 93 empresas serão analisados, abrangendo o período de 2018 a 2021.
O Rota 2030 busca fomentar investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e a adoção de biocombustíveis e tecnologias limpas em veículos.
O governo planeja integrar a iniciativa com o Combustível do Futuro, o RenovaBio e o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular.
Atualizado em 29/09/2023 para corrigir a fonte da estimativa de investimento, após o MME editar informações da nota original publicada no site do ministério