RIO – As reservas recuperáveis de petróleo cresceram 52 bilhões de barris (ou 3,3%) em 2022, no mundo, para 1,624 trilhão de barris, estima a Rystad Energy. Com a transição energética, contudo, nem todo esse volume, de fato, será consumido, pontua a consultoria.
O mercado global adicionou 84 bilhões de barris no ano passado: 13 bilhões de barris vieram de novas descobertas e outros 71 bilhões de barris da revisão dos volumes de campos em produção ou projetos já aprovados. Por outro lado, o mundo consumiu cerca de 30 bilhões de barris em 2022.
Das reservas recuperáveis de 1,624 trilhão de barris, a consultoria estima que menos de 1,3 trilhão de barris provavelmente serão economicamente viáveis antes de 2100 a um preço médio de US$ 50 o barril.
A Rystad destaca que, se o aquecimento global for limitado com sucesso a 1,6°C, apenas metade das reservas recuperáveis do mundo seriam necessárias.
“Não é absurdo concluir que políticas e avanços tecnológicos podem reduzir o consumo de petróleo e impulsionar a transição energética, aproximando-nos de um cenário de 1,6°C”, afirma o CEO da consultoria, Jarand Rystad.
Um dos principais impulsionadores da queda na demanda por petróleo é o aumento nas vendas de veículos elétricos. A Rystad prevê que as vendas de VEs continuarão acelerando e ultrapassarão 50% das vendas globais de automóveis até 2030, levando a um pico de demanda de petróleo de 105 milhões de barris por dia até 2026.
Arábia Saudita lidera o ranking
Dentre as maiores reservas de petróleo do mundo, destaque para:
- Arábia Saudita (com 271 bilhões de barris)
- EUA (192 bilhões de barris)
- Rússia (143 bilhões de barris)
- Canadá (127 bilhões de barris)
- Iraque (107 bilhões)
A Rystad Energy estima reservas e recursos de acordo com o padrão PRMS (do inglês Petroleum Reserves Management System) – que distingue entre três classes de probabilidade (P1, P2 e P3) e três classes de maturidade de desenvolvimento (volumes em produção mais aqueles aprovados, volumes descobertos e volumes não descobertos).
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