Governo confirma Luis Paroli na presidência da PPSA

BRASÍLIA – O governo escolheu o ex-presidente da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), Luis Paroli, para substituir a diretora técnica e presidente interina da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), Tabita Loureiro, no comando da companhia.

A informação havia sido antecipada em fevereiro pela eixos pro, serviço premium de informações sobre política energética.  (teste grátis por 7 dias).

A eleição do novo presidente já foi aprovada pelo conselho da estatal, conforme apuração da agência eixos. O executivo assumirá o cargo em 1º de abril.

Paroli integrou o conselho administrativo das usinas hidrelétricas de Retiro Baixo (MG) e de Baguari (MG). Também atuou como diretor administrativo de Furnas e como diretor de operações da Cemig. Foi CEO da Light antes de assumir a presidência da ENBPar, seu último cargo público.

A PPSA tem potencial para se tornar a segunda maior comercializadora de óleo do país — atrás apenas da Petrobras — no fim da década e está posicionada para se tornar peça-chave em políticas para o mercado de gás natural e de refino de combustíveis.

Além da melhoria na rentabilidade do óleo, a empresa avançou nos trabalhos para a futura comercialização do gás natural. A empresa negocia os contratos do SIE/SIP, controlado pela Petrobras, para dar acesso ao mercado consumidor ao energético da União.

Gestão Tabita Loureiro

Loureiro assumiu interinamente a presidência da estatal em agosto de 2023, em substituição a Eduardo Gerk, que estava à frente da PPSA desde 2019.

Na gestão como interina, Loureiro implementou mudanças importantes no modelo de comercialização da PPSA. Aboliu o preço de referência da ANP e passou a adotar o Brent como padrão nas vendas de óleo da União. Também retomou os leilões de cargas na B3, após tentativa malsucedida em 2018, quando não houve interessados na compra.

Em 2024, a PPSA bateu recorde de arrecadação, atingindo R$ 10,32 bilhões. Em 2024, foram embarcadas 56 cargas de petróleo, totalizando 27,39 milhões de barris.

Loureiro, que segue como diretora técnica, é especialista em regulação na ANP, onde atuou como servidora por 17 anos. É formada em engenharia de produção pela Universidade Federal Fluminense (UFF), pós-graduada em engenharia de petróleo pela PUC-Rio e mestre em engenharia mecânica, também pela PUC.