A Petrobras vai antecipar a declaração de comercialidade do prospecto de Moita Bonita, em águas profundas de Sergipe, onde fez descobertas gigantes de gás natural. A diretoria da ANP aprovou nesta quinta (4) a inclusão de um novo poço no plano de avaliação de descoberta (PAD) de Moita Bonita e a mudança do prazo para 1º de dezembro deste ano.
O projeto está à venda pela Petrobras, que lançou o prospecto de desinvestimento do projeto em maio do ano passado. As declarações de comercialidade estavam previstas para começar no segundo semestre de 2020. Além de Moita Bonita, a Petrobras fez as descobertas de Barra, Farfan, Cumbe, Muriú e Poço Verde.
A ideia da companhia é manter a operação, mas atrair um sócio para desenvolver o projeto. Está prevista a instalação de dois FPSOs na região, o primeiro em 2023, com 8,5 milhões de m³/dia de capacidade de compressão de gás natural e processamento de 180 mil barris/dia. É um projeto de porte equivalente aos grandes FPSOs do pré-sal de Santos, em um estado que produz menos de 1,8 milhão de m³/dia.
Operadora em todos os contratos, a Petrobras está ofertando participações de 20% a 50%, sendo 35% do BM-SEAL-4 (tem 75%), 50% de BM-SEAL-4A (tem 100%), 30% de BM-SEAL-10 (tem 100%) e 20% de BM-SEAL-11 (tem 60%). As empresas indianas ONGC e IBV são sócias em parte dos projetos.
Após hiato de mais de três anos, a Petrobras voltou a perfurar em Sergipe este ano. Está operando com a sonda Petrobras 10.000, da Transocean.
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