A Petrobras recebe até 22 de junho propostas da Proquigel Química., PJSC Acron e Formitex para o arrendamento das fábricas de fertilizantes nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE) e da Bahia (Fafen-BA). A licitação inclui os terminais marítimos de amônia e ureia no Porto de Aratu, na Bahia e foi aberta nesta segunda-feira. Vence a empresa que apresentar o maior preço para o arrendamento no período de dez anos, renováveis por mais dez.
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A concorrência vem movimento o Congresso Nacional desde que a Petrobras anunciou sua saída do setor de fertilizantes no país. O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP/S) requereu a realização de uma audiência pública na Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara para debater a produção de fertilizantes no Brasil e a reabertura das fábricas de fertilizantes nitrogenados na Bahia e em Sergipe.
O REQ 65/2019 CAPADR convida o presidente da Petrobras, Castello Branco, para a audiência. Também são convidados Representante da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e de dois sindicatos ligados à produção de ração, além de membros das secretarias de agricultura da Bahia e Sergipe.
Segundo o requerimento, o fechamento das Fafens ameaça o setor de fertilizantes no Brasil, bem como impacta em todo o agronegócio nacional. “Dos quatro maiores consumidores de nutrientes minerais para fertilizantes, o Brasil é o único que produz menos de 50% de seus fertilizantes”, diz o deputado.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE) cobra o governo federal de tomar as rédeas do processo de arrendamento das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafens) da Petrobras. Em entrevista à epbr, Vieira criticou a postura do governo e da Petrobras e afirmou que a abertura do mercado de fertilizantes para empresas internacionais pode impactar diretamente o custo da produção do agronegócio brasileiro. Para ele, a Petrobras ainda não demonstrou claramente qual é a alternativa pensada para garantir segurança aos agricultores.
“Hoje o Brasil já depende da importação de fertilizantes, mas se as Fafens pararem, vamos depender 100% de importação”, criticou. “Além dos empregos e da cadeia local, há uma questão de estratégia nacional nesse processo. Não é inteligente colocar nas mãos do estrangeiro a composição de preço da nossa principal commodity”, complementou.