Paulo Guedes: ao invés de ter uma empresa de petróleo, teremos várias

O presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante cerimônia de lançamento do novo mercado de gás, no Palácio do Planalto.
O presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante cerimônia de lançamento do novo mercado de gás, no Palácio do Planalto.

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Quem faz
Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Privatizações | O ministro Paulo Guedes reafirmou que pretende vender todas as estatais no Brasil. “Eu quero privatizar todas as empresas estatais. A decisão é do Congresso”, afirmou Guedes ao Valor.

— Diz também que tem apoio de Bolsonaro: “O presidente está conosco na privatização. Todos os dias ele cobra: “Poxa Salim, tem que vender uma por semana! Está demorando muito!”, diz ele ao Salim Mattar, secretário de Desestatização e Desinvestimento”.

— Sobre a Reforma do Pacto Federativo, discussão que inclui a redistribuição de recursos do pré-sal, o ministro defendeu que as reformas vão destravar investimentos e gerar recursos para atendimento às demandas dos estados.

“O cálculo das nossas reservas só do pré-sal está bem acima de US$ 500 bilhões. Naturalmente isso vai ser de quem explorar, mas vai ter royalties, cessão onerosa, impostos, muita coisa que vem por aí”…

…”Ao mesmo tempo vão vir os investimentos em infraestrutura, vai vir um choque de energia barata, vamos derrubar o preço do gás em torno de 30% a 40% nos próximos dois anos, então vem muita coisa boa pela frente”.

— E defendeu que esse processo deve ocorrer com a pulverização do mercado. “Ao invés de ter uma empresa de petróleo, por exemplo, teremos várias”.

Meio Ambiente | O grupo de trabalho que discute o projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental volta a se reunir na Câmara dos Deputados nesta segunda, às 15h. O relator da proposta Kim Kataguiri (DEM-SP) acredita que o texto pode ser votado “nos próximos dias”.

— Contudo, na versão mais recente do projeto, a discussão se afastou do consenso. A Frente Parlamentar Ambientalista apresentou uma versão alternativa à de Kataguiri, que é criticada por ampliar de forma arbitrária as possibilidades de isenção de estudos ambientais para concessão de licenças. epbr

— Debate nesta segunda (9) reúne pesquisadores da área; representantes do setor produtivo e de ONGs; secretários estaduais e municipais de meio ambiente; e representantes de órgãos do setor, como Ibama e ministérios do Meio Ambiente; Infraestrutura; e Turismo.

Na quarta (11), a Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Senado se reúne para discutir as queimadas na Amazônia. Grupo é presidido por Zequinha Marinho (PSC-PA) que defende a regularização fundiária de agricultores como forma de redução do desmatamento.

Transição energética | Entra em pauta na União Europeia a imposição de uma taxa sobre importações baseadas na emissão de carbono na origem dos produtos. Projeto de Ursula von der Leyen, nova presidente da Comissão Europeia, que assume em novembro. Informações do Valor.

— Valor: “A ideia de von der Leyen é taxar produtos importados de países cuja fabricação resultam em muitas emissões de dióxido de carbono (CO2), ou seja, punir indústrias poluidoras. Quer evitar a chamada fuga de carbono, que é o deslocamento de produção intensiva de carbono para países fora do mercado comum europeu.”

Setor elétrico | A Comissão Especial do Código Brasileiro de Energia Elétrica realiza a primeira audiência pública nesta terça (10). Foram convidados o subsecretário da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Leandro Caixeta Moreira, e o representante da Aneel, Thiago Veloso.

— Comissão é presidida por Lucas Redecker (PSDB/RS) e tem como relator Lafayette de Andrada (Republicanos/MG). Discussão ocorre em meio aos estudos do Ministério de Minas e Energia (MME) para modernização do setor elétrico e objetivo é propor um novo marco legal para o setor. epbr

Brent | Preços futuros começam a semana em alta, atingindo a máxima de US$ 62,27 por barril na manhã desta segunda.

— O príncipe Abdulaziz bin Salman, filho do rei Salman, assumiu o poderoso Ministério de Energia da Arábia Saudita, em um movimento interpretado inicialmente pelo mercado como uma consolidação do poder da família real, em especial do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman.

Bloomberg: O príncipe herdeiro lidera um comitê que supervisiona a Saudi Aramco. O [ex-]ministro da Energia atuou como presidente da petroleira, formalmente conhecida como Saudi Arabian Oil Co., até Al-Falih ter sido retirado do cargo na semana passada. Yasir Al-Rumayyan, chefe do fundo soberano de riqueza e aliado do príncipe herdeiro, assumiu a posição.

Investing.com: na próxima quinta, o Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial da OPEP se reúne em Abu Dhabi para revisar os cortes de produção de 1,2 milhão de barris por dia que o cartel e seu principal aliado, a Rússia, realizam desde dezembro. Isso pode significar mais oscilações do mercado, já que os investidores tentam interpretar suas declarações.

epbr leu

A Petrobras, sob o comando de Roberto Castello Branco, planeja investir em fontes renováveis de energia apenas em caráter de pesquisa. Concentrada em reduzir sua alavancagem financeira, a companhia não vislumbra investimentos em projetos de fontes limpas do ponto de vista comercial. A estratégia da estatal vai na contramão de outras gigantes petroleiras. Valor

Depois de almoçar no Itamaraty, nesta segunda-feira (9), o novo chanceler do Paraguai, Antonio Rivas, que assumiu o posto na esteira do imbróglio de Itaipu, vai à CNI conversar sobre acordo para evitar dupla tributação. Painel SA, Folha

O petroleiro iraniano “Adrian Darya 1”, sancionado pelos Estados Unidos, teria descarregado os seus 2,1 milhões de barris de petróleo no litoral do Mar Mediterrâneo, comunicou o Ministério das Relações Exteriores do Irã, que não revelou o país de recepção. Informação não confirmada por fontes independentes. EFE