O imposto da gasolina vai subir

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Você vai ver aqui: o imposto da gasolina vai subir, nos estados — com o novo ICMS — e também se aproxima do fim a desoneração federal. Do exterior, sinais que a pressão vai ser menor. OPEP+ se reúne no fim de semana.

Ibama: Petrobras partiu de premissa equivocada sobre Foz. O presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho, contudo, reconhece ‘melhora significativa’ na proposta da Petrobras para a campanha no Amapá.

Na indústria: a fabricante de inversores Sungrow planeja expansão no Brasil. A TotalEnergies quer produzir gás sintético a partir do hidrogênio verde. E a Toyota embarca nos planos de eletrificação nos EUA, vai investir em fábricas de veículos elétricos e baterias

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Começa a valer a partir desta quinta (1/6) a nova alíquota uniforme de ICMS sobre a gasolina nos estados, de R$ 1,22 por litro. A reforma do tributo pressiona os preços, que vêm de uma queda de 20 centavos, na média, na semana passada, após a Petrobras reduzir o valor nas refinarias.

– Na prática, a nova alíquota representa um aumento do ICMS em 24 estados e no DF, em relação ao tributo cobrado na segunda quinzena de maio.

— Nos casos mais extremos, no Mato Grosso do Sul (+32,1%) e Rio Grande do Sul (31,2%), o imposto vai ficar quase 30 centavos mais alto por litro – corroendo boa parte da redução de 40 centavos anunciada pela Petrobras nas refinarias, há duas semanas.

• Preço da gasolina vai subir ou cair? Veja como varia o ICMS no seu estado

O ICMS é apenas uma parte do preço final da gasolina, de 20,5%, segundo a Petrobras. A Leggio Consultoria estima que o aumento do imposto estadual se refletirá numa inflação acima de 5% para o consumidor, em nove estados: MT, MS, RS, GO, AP, SC, SP, PB e PE.

A vantagem. O objetivo é simplificar a cobrança, que passa a ser o mesmo em todas as unidades federativas. Acaba também com o caráter pró-cíclico do ICMS – pela fórmula anterior, toda vez que o preço subia nos postos, subia também o tributo, ampliando, assim, o efeito inflacionário.

Em julho, sobe a cobrança federal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que o governo pretende cumprir o que está previsto: elevar os impostos federais da gasolina e do etanol hidratado. A desoneração é uma herança de Bolsonaro que o governo atual optou por desfazer gradualmente.

Haddad, aliás, volta a criticar desonerações de impostos no Brasil. Ministro da Fazenda afirmou que ‘desonerações caóticas’ aprovadas pelo Congresso e decisões de tribunais afetam as contas públicas. (Estadão)

Lá fora. A invasão da Ucrânia pela Rússia, que fez disparar os preços do petróleo e dos combustíveis em meados de 2022, perdeu seus efeitos no mercado global de combustíveis, com as margens de refino voltando às tendências de longo prazo, de acordo com a análise da Wood Mackenzie.

Petróleo fecha em queda firme. Os contratos futuros acumulam recuo de mais de 9% em maio. Nesta quarta (31/5), o Brent para agosto caiu 1,52%, a US$ 72,60, após dados mostrarem que a atividade na China foi mais fraca, assim como nos EUA, onde os agentes aguardam a votação da elevação do teto da dívida pública. (Valor)

No fim de semana, tem reunião da OPEP+, o que também está refletindo nas cotações: analistas estão confortáveis com a incapacidade do grupo de provocar novo repique nos preços do óleo. A ver.   

Ibama: Petrobras partiu de premissa equivocada sobre Foz. O presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho, reforçou a discordância em relação à análise da petroleira sobre o risco de toque de óleo na costa brasileira.

— Segundo ele, por partir de uma premissa falha de que não há probabilidade, o plano de resposta apresentado pela Petrobras, no licenciamento da perfuração na Bacia Foz do Amazonas, foi inadequado. (epbr)

Mas reconhece ‘melhora significativa’ na proposta. O presidente do Ibama disse, no entanto, que o pedido de reconsideração feito pela petroleira para a perfuração de um poço no bloco FZA-M-059 ainda está sendo analisado pela equipe técnica e que não há prazo para resposta. (epbr)

Petrobras inicia produção da 5ª plataforma de Búzios, no pré-sal. O FPSO Almirante Barroso tem capacidade para produzir até 150 mil barris/dia de petróleo. Hoje, Búzios já produz cerca de 560 mil barris/dia, o equivalente a 17% da produção nacional. É o segundo maior campo produtor do país, atrás de Tupi. (epbr)

O Brasil vai entrar na corrida pela economia verde? Incentivos verdes dos EUA e Europa ameaçam as vantagens energéticas brasileiras, avalia a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa. (epbr)

Fabricante chinesa de inversores, Sungrow planeja expansão no Brasil. Companhia atinge faturamento de R$ 780 milhões em suas operações no país e avalia investir R$ 3 milhões em novos espaços de armazenagem, laboratórios e centros de treinamento. (epbr)

Empresas de arquitetura e tecnologia se unem no mercado de energia solar. Novas tecnologias de geração fotovoltaica ampliam opções que vão de edifícios corporativos a casas populares. (epbr)

TotalEnergies quer produzir gás sintético a partir do hidrogênio verde. Francesa se alia à Tree Energy Solutions (TES) para estudar e desenvolver, nos EUA, uma unidade de produção em larga escala do e-NG – gás produzido a partir da combinação de H2V e CO2. A matéria-prima, o hidrogênio, será produzida a partir de fontes como eólica e solar. (epbr)

Toyota investe em fábricas de veículos elétricos e baterias nos EUA. Montadora japonesa avança em estratégia de eletrificação de sua frota e diz que o novo veículo, com previsão para lançamento em 2025, será o primeiro totalmente elétrico montado nos Estados Unidos. Investimento é de US$ 5,9 bilhões (Dow Jones)

CVM aprova pedido da EDP Brasil para fechar capital. Leilão da oferta pública para a aquisição de ações deve ocorrer no dia 11 de julho.

Correção: Ao contrário do informado anteriormente, a nova alíquota uniforme de ICMS, de R$ 1,22 por litro, representa uma alta do imposto em 24 estados, mais o DF, e não 23. A base de dados da Fecombustíveis, referência para esta reportagem, não levava em consideração a alíquota mais atual do estado do Piauí, onde o tributo vai subir, e não cair, como mencionado na primeira versão do texto.