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Novo Rota 2030 pretende intensificar produção nacional de veículos elétricos

Governo planeja apresentar atualização das regras do programa automotivo em agosto deste ano

Novo Rota 2030 pretende intensificar produção nacional de veículos elétricos. Na imagem: Diretora de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do MDIC, Margarete Gandini, e o senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL), presidente da FPEletromobilidade (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
A diretora de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do MDIC, Margarete Gandini, e o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), presidente da FPEletromobilidade (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

BRASÍLIA – A segunda fase do programa federal Rota 2030 vai focar em tecnologias de descarbonização que estão em estágios iniciais de desenvolvimento, afirmou a diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do MDIC, Margarete Gandini, no Senado, nesta quarta (5/7).

“Estamos desenhando o segundo ciclo do Rota 2030, que vem pesando bastante em descarbonização, economia circular, e privilegiando as tecnologias que têm o menor nível de maturidade tecnológica da manufatura”, disse. 

Gandini comentou que a produção de eletrificados será intensificada com as novas regras da política automotiva e a retomada dos grupos de trabalho para o relançamento do Plano Nacional de Eletromobilidade.

“A ideia agora é intensificar a produção nacional de eletrificados, já temos algumas iniciativas em curso”, ressaltou.

De acordo com o MDIC, a segunda etapa do Rota 2030 tem lançamento previsto para agosto deste ano. 

Nesta quarta (5/7), foi lançada a Frente Parlamentar Mista da Eletromobilidade. O grupo será liderado pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL) e debaterá políticas públicas e ações de incentivo à eletromobilidade no país. Até o momento, a frente conta com a adesão de 24 senadores e 10 deputados federais.

Células a hidrogênio para caminhões

Lançado em 2018, o programa tem como objetivo estimular investimentos em pesquisa e desenvolvimento no setor de transportes e incentivar alternativas limpas de propulsão em veículos.

A diretora adiantou que o ministério está se aprofundando em estudos sobre células a hidrogênio para mobilidade, especialmente para uso em veículos pesados e de longas distâncias. 

“É um mercado promissor quando se fala em veículos pesados e estradeiros”, comentou.

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, já havia adiantado que a pasta não priorizará uma única rota tecnológica de descarbonização no programa federal.

Segundo Moreira, a intenção do governo é otimizar uma política industrial visando uma maior inserção no mercado internacional.

“Não queremos ficar presos ao mercado interno. Nós queremos promover e desenvolver rotas tecnológicas que possibilitem uma maior inserção internacional com o objetivo de melhorar a qualidade da pauta exportadora brasileira”, explicou.

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